Por leandro.eiro

Rio - Com a chegada da primavera, que começa no dia 22 deste mês, aumentam os casos de alergias oculares. Uma das mais comuns, a conjuntivite alérgica, quase sempre está associada a condições respiratórias, como rinite e sinusite. Por isso, é preciso cuidado redobrado com as crianças, que costumam ser mais vulneráveis a esses problemas.

A indicação para o tratamento da conjuntivite é o uso de colírioPixabay

"As mudanças climáticas causam alterações na imunidade dos pequenos. Os atópicos, ou seja, pessoas que são alérgicas, apresentam risco aumentado para conjuntivite alérgica, que pode ser desencadeada por alérgenos como pó, tapetes, cortinas, cobertores, roupas de lã e bichos de pelúcia, por exemplo", explica a oftalmologista pediátrica Marcela Barreira, cofundadora da clínica NeuroKinder. Os principais sintomas são secreção esbranquiçada, como lacrimejamento, e muita coceira.

Tratamento específico

De acordo com a médica, o combate à conjuntivite alérgica é bem diferente do feito nos casos infecciosos, já que, na maioria das vezes, é preciso tratar a alergia. Geralmente, são utilizados dois medicamentos: um antialérgico e algum corticoide em forma de colírio. "Diferentemente da conjuntivite viral ou bacteriana, cujo tratamento dura de cinco a sete dias e a criança melhora, a alérgica demanda cuidados mais demorados porque há picos de exacerbação e de melhora, como em qualquer tipo de alergia", afirma a especialista.

Se a criança apresentar conjuntivite alérgica crônica, é preciso fazer acompanhamento com um oftalmopediatra, além de controlar os fatores que podem desencadear esse problema. "Se os pais já têm conhecimento do que aumenta a alergia, o ideal é não deixar que o filho entre em contato com esses agentes alérgenos. Vale lembrar que nenhum medicamento deve ser usado nos olhos sem a devida prescrição médica, especialmente quando falamos de colírios", salienta Marcela Barreira.

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