Publicado 07/05/2022 17:20 | Atualizado 07/05/2022 17:45
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou neste sábado (7) que vai concorrer à presidência nas eleições de outubro, para impedir um segundo mandato da extrema-direita liderada pelo atual presidente Jair Bolsonaro e "reconstruir" o país.
"Todos dispostos a trabalhar não apenas pela vitória de 2 de outubro, mas pela reconstrução e transformação do Brasil, que será mais difícil do que ganhar a eleição", disse Lula, durante ato em São Paulo que reuniu cerca de 4 mil membros e apoiadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e de outros partidos de esquerda.
O ícone de esquerda volta a se candidatar doze anos após deixar o poder com uma aprovação histórica de 87%. O discurso foi em um palco decorado com uma bandeira gigante do Brasil, símbolo frequentemente associado ao bolsonarismo e militantes de direita.
Vestindo camisa branca e terno azul, Lula afirmou que precisa novamente mudar o Brasil. E que em vez de promessas, apresenta o legado dos governos anteriores do PT.
"Todos dispostos a trabalhar não apenas pela vitória de 2 de outubro, mas pela reconstrução e transformação do Brasil, que será mais difícil do que ganhar a eleição", disse Lula, durante ato em São Paulo que reuniu cerca de 4 mil membros e apoiadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e de outros partidos de esquerda.
O ícone de esquerda volta a se candidatar doze anos após deixar o poder com uma aprovação histórica de 87%. O discurso foi em um palco decorado com uma bandeira gigante do Brasil, símbolo frequentemente associado ao bolsonarismo e militantes de direita.
Vestindo camisa branca e terno azul, Lula afirmou que precisa novamente mudar o Brasil. E que em vez de promessas, apresenta o legado dos governos anteriores do PT.
"No nosso governo, promovemos uma revolução pacífica neste país. O Brasil cresceu, e cresceu para todos. Combinamos crescimento econômico com inclusão social. O Brasil se tornou a sexta maior economia do planeta, e, ao mesmo tempo, referência mundial no combate à extrema pobreza e à fome. Deixamos de ser o eterno país do futuro, para construirmos nosso futuro no dia a dia, em tempo real", detalhou Lula em seu site oficial.
A campanha começa oficialmente em agosto. Faltando cinco meses para as eleições, pesquisas apontam que Lula venceria Bolsonaro no segundo turno.
"Ele é um fenômeno, é história. Ele tem que ser presidente pra melhorar tudo, para acabar com o preconceito, com o fascismo, com a violência, melhorar a saúde e a educação… ele é a única pessoa que hoje pode conseguir derrubar o atual presidente", disse Edilane Machado, de 46 anos, que assistia ao discurso.
Em discurso lido, o ex-presidente prometeu retomar a luta contra a fome, o desemprego e defender o meio ambiente, os povos indígenas e outras minorias. Sua candidatura foi lançada sob o lema "Vamos juntos pelo Brasil", uma aliança do PT com outros partidos de esquerda com os quais Lula vem formando alianças nos últimos meses.
Seu ex-adversário político e atual companheiro de chapa para a vice-presidência, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou por videoconferência após testar positivo para a covid-19.
O político moderado é pouco carismático, mas bem visto pela classe empresarial. Alckmin afirmou que o Brasil sobrevive hoje ao governo mais desastroso e cruel de sua história.
"Quando Lula me estendeu a mão, eu vi nesse gesto muito mais do que um sinal de reconciliação entre dois adversários históricos. Vi um verdadeiro chamado à razão", afirmou o político.
Entretanto, o maior obstáculo à fórmula Lula-Alckmin continua sendo o "antipetismo", pois para muitos brasileiros Lula e o PT ainda encarnam a corrupção, apesar de ele se declarar vítima de uma conspiração política para impedi-lo de concorrer em 2018.
Desde que suas sentenças foram anuladas, Lula voltou gradualmente ao centro da arena política brasileira e internacional, como quando o presidente francês Emmanuel Macron o recebeu no Eliseu no final de 2021.
Naquela época, as pesquisas previam uma vitória confortável para o ex-líder sindical: a popularidade de Bolsonaro havia caído ao seu nível mais baixo devido a críticas por seu enfrentamento da pandemia, à inflação disparada e ao crescimento da pobreza.
Mas nos últimos meses, Bolsonaro se recuperou nas pesquisas. Enquanto isso, Lula multiplicou seus erros, com declarações desajeitadas sobre o aborto, as classes médias, cujo apoio é essencial, e a polícia.
Em entrevista à revista americana Time, ele disse que o presidente ucraniano Volodimir Zelensky é "tão responsável quanto Putin" pela guerra.
Esses passos em falso obrigaram a equipe do ex-presidente a redefinir sua estratégia de comunicação, que por enquanto não conseguiu aplacar a superioridade do bolsonarismo nas redes sociais.
Lula recuperou seus direitos políticos em 2021, após o Supremo Tribunal Federal (STF) anular suas condenações por corrupção no âmbito da investigação "Lava Jato", considerando que não foi julgado de forma imparcial pelo ex-juiz Sergio Moro. Por uma dessas condenações, Lula passou um ano e meio na prisão.
A campanha começa oficialmente em agosto. Faltando cinco meses para as eleições, pesquisas apontam que Lula venceria Bolsonaro no segundo turno.
"Ele é um fenômeno, é história. Ele tem que ser presidente pra melhorar tudo, para acabar com o preconceito, com o fascismo, com a violência, melhorar a saúde e a educação… ele é a única pessoa que hoje pode conseguir derrubar o atual presidente", disse Edilane Machado, de 46 anos, que assistia ao discurso.
Em discurso lido, o ex-presidente prometeu retomar a luta contra a fome, o desemprego e defender o meio ambiente, os povos indígenas e outras minorias. Sua candidatura foi lançada sob o lema "Vamos juntos pelo Brasil", uma aliança do PT com outros partidos de esquerda com os quais Lula vem formando alianças nos últimos meses.
Seu ex-adversário político e atual companheiro de chapa para a vice-presidência, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou por videoconferência após testar positivo para a covid-19.
O político moderado é pouco carismático, mas bem visto pela classe empresarial. Alckmin afirmou que o Brasil sobrevive hoje ao governo mais desastroso e cruel de sua história.
"Quando Lula me estendeu a mão, eu vi nesse gesto muito mais do que um sinal de reconciliação entre dois adversários históricos. Vi um verdadeiro chamado à razão", afirmou o político.
Entretanto, o maior obstáculo à fórmula Lula-Alckmin continua sendo o "antipetismo", pois para muitos brasileiros Lula e o PT ainda encarnam a corrupção, apesar de ele se declarar vítima de uma conspiração política para impedi-lo de concorrer em 2018.
Desde que suas sentenças foram anuladas, Lula voltou gradualmente ao centro da arena política brasileira e internacional, como quando o presidente francês Emmanuel Macron o recebeu no Eliseu no final de 2021.
Naquela época, as pesquisas previam uma vitória confortável para o ex-líder sindical: a popularidade de Bolsonaro havia caído ao seu nível mais baixo devido a críticas por seu enfrentamento da pandemia, à inflação disparada e ao crescimento da pobreza.
Mas nos últimos meses, Bolsonaro se recuperou nas pesquisas. Enquanto isso, Lula multiplicou seus erros, com declarações desajeitadas sobre o aborto, as classes médias, cujo apoio é essencial, e a polícia.
Em entrevista à revista americana Time, ele disse que o presidente ucraniano Volodimir Zelensky é "tão responsável quanto Putin" pela guerra.
Esses passos em falso obrigaram a equipe do ex-presidente a redefinir sua estratégia de comunicação, que por enquanto não conseguiu aplacar a superioridade do bolsonarismo nas redes sociais.
Lula recuperou seus direitos políticos em 2021, após o Supremo Tribunal Federal (STF) anular suas condenações por corrupção no âmbito da investigação "Lava Jato", considerando que não foi julgado de forma imparcial pelo ex-juiz Sergio Moro. Por uma dessas condenações, Lula passou um ano e meio na prisão.
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