Por paulo.gomes
Marlon trocou de emprego e precisou mudar o traje informal pelo formalDivulgação

Rio - Parar de frente ao armário e escolher a roupa que vai usar para trabalhar nem sempre é uma tarefa fácil. Além disso, especialistas em moda e em Recursos Humanos contam que estar atento ao ‘dress code’ (código de vestimenta) da companhia em que atua ajuda a dar mais credibilidade profissional e contribui em uma possível promoção. Ou seja, a aparência deve ser uma junção de escolha pessoal e bom senso.

Cristina Gontijo, especialista em Vestimenta Empresarial e Gestão de Negócio, diz que algumas empresas oferecem essa informação através de um guia de conduta. “As que não têm, aconselho a perguntar ao chefe. Se isso também não for possível, leve em consideração o tipo de negócio e sua função”, ensina.

Estilista da grife de bolsas e acessórios Ferni, Renata Pagnuzzi afirma que decotes, costas nuas, saias curtas e peças com transparências devem ser evitados. “Calças claras que marcam a roupa íntima nem pensar. É preciso ter no mínimo bom senso e saber que o ambiente de trabalho não é um lugar para se vestir como na noite ou como em um ambiente descontraído com seus amigos”, explica a especialista.

A estilista diz que o segredo para se vestir bem no ambiente de trabalho é entender a identidade da companhia que trabalha. “Em uma empresa jovem, alternativa, de moda, por exemplo, não cabe um tailleur e scarpin, assim como jeans e as sandálias rasteirinhas não cabem em uma empresa de petróleo”, orienta.

Analista judiciária, Vanilza Farias, 45 anos, disse que mudou seu jeito de se vestir depois de fazer um curso de consultoria de imagem com Cristina Gontijo. “Deixei de usar roupas mais coladas ao corpo, blusas de alças fininhas, jeans muito claro e sandálias abertas”, conta a analista. A fisioterapeuta Bruna Malta, 30, que fez o mesmo curso, afirma que obteve uma imagem de mais credibilidade. “Continuei a usar o branco, mas troquei a calça de brim por uma social e a blusa por camisa”, relata.

Cada profissão requer um figurino próprio. Vale observar os colegasDivulgação

Pesquisa

Sérgio Sudsilowsky, coordenador do curso de Design de Moda do Senai Cetiqt, afirma que a pessoa não precisa de um personal stylist (consultor de imagem) para escolher o melhor visual. “Há blogs, sites, editoriais de jornais e revistas de moda, que estão à disposição de todos para consultas. Lógico que quem puder contratar um profissional é melhor, pois ele ensinará a pessoa a conciliar perfeitamente seu estilo as tendências da moda”, dá a dica Sudsilowsky.

Boa imagem pode contribuir para uma eventual promoção

Gerente de RH da NHJ, Isolda Reis diz que a apresentação pessoal é um requisito observado numa eventual promoção. “Vestir-se de forma adequada ao cargo que ocupa demonstra equilíbrio, sensatez e compõe o perfil do profissional”, avalia.

Siméia Azevedo, coordenadora de RH do SABZ Advogados, afirma que o visual pode interferir na escolha de uma vaga de emprego. “Uma pessoa que destoa muito do que se espera para tal ambiente acaba sendo preterida por outra que se apresenta melhor”.

Superintendente de marketing da Aliança Assessoria e Negócios, Marlon Gomes trocou de emprego e precisou mudar de um traje informal por um formal. “Trabalhava numa agência de publicidade na qual usa calça jeans, camisa e tênis. Agora incorporei roupas mais formais”, conta o jovem. Já a analista financeira Paloma Berbert afirma que evita decote, saia curta e roupa justa. “Já a maquiagem deve ser neutra e corretiva. Visual é nosso cartão de visitas”, avalia.

Psicóloga e especialista em gestão de pessoas, Marcia Ricardi aconselha a ter atenção a higiene pessoal. “É necessário manter cabelos limpos e com o corte em dia e barba bem feita. Também vale não exagerar no perfume, na maquiagem e na altura do salto alto”, ensina. A especialista diz que por mais descontraído que seja o ambiente de trabalho, somos avaliados o tempo todo. “Boa aparência não significa ser bonito ou feito, mas simprezar pelo aspecto saudável, limpo, sem exageros”.

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