Por paulo.gomes
Entre os atributos de um bom candidato está a força de vontade para estudar além do cursinho. Os professores dizem que é sozinho que o aluno aprende o conteúdoMarcello Casal Jr. / Agência Brasil

Rio - Conhecer detalhadamente o edital, montar um cronograma de estudos e começar a estudar pela matéria mais difícil. Essas são apenas algumas dicas de especialistas para obter êxito em concursos públicos, que ano que vem devem abrir 42 mil vagas.

Para o psicólogo Fernando Elias José, especializado na preparação de candidatos em concursos, a aplicação nos estudos é fundamental para um bom resultado, mas o sucesso na prova, muitas vezes, é determinado por aspectos emocionais. Por isso, saber lidar com a ansiedade e o nervosismo é importante para evitar o temido “branco” na hora de resolver as questões.
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“No momento do teste, vale ressaltar que quem passa não é necessariamente aquele que estudou mais, mas aquele que conseguiu colocar em prática o que estudou”, explica ele, que é autor do livro “Concursos – Faça Sem Medo: Entenda, Domine e Supere os Desafios” (Editora Artes e Ofícios).
Professor da Rede LFG, Alessandro Sanchez diz que para formatar o plano de estudos é fundamental conhecer bem as minúcias do edital. Ele afirma que depois de conhecer detalhadamente as exigências do concurso, é o momento de montar um cronograma de estudo. “Minha sugestão é se dedicar a duas disciplinas por dia, sendo duas horas na parte da manhã e duas horas à noite, fora o conteúdo da aula”, indica Sanchez.
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O especialista orienta a começar os estudos pela matéria mais difícil. Sanchez diz para iniciar cada período de estudo individual pela matéria de menor afinidade e só depois seguir para a disciplina em que tem uma facilidade maior. “No momento de mais cansaço, essa atitude trará motivação”, afirma.
Dica dos especialistas é escolher um local silencioso para estudarDivulgação

Tempo de preparação é fundamental

Segundo Roberto Witte, professor de técnicas de estudos da Central de Concursos, o tempo de preparação é fundamental. Para ele, é necessário um ano para passarem concursos de carreiras menos concorridas e dois para os cargos mais disputados. Esse é o tempo médio de dedicação exigido do candidato. “Isso estudando todo dia, até mesmo aos fins de semana”, diz.

Witte afirma que entre os atributos de um bom candidato está a força de vontade para estudar além do cursinho. “Em aula, o aluno entende amatéria, mas é sozinho que aprende o conteúdo”, indica.

Professora de Língua Portuguesa e concurseira veterana, Graça Marinho aconselha a dar mais atenção ao Português. De acordo com ela, a disciplina costuma ter altos índices de reprovação em provas. “Pontuar bem em gramática e ortografia já é um passo a mais para o candidato. Uma das coisas mais importantes é saber ler e interpretar, além de redigir bem”, diz.

Estudar em grupo exige disciplina dos participantes%2C senão vira 'festinha'Divulgação

Mais dicas

Grave as aulas - A gravação das aulas no cursinho pode ser um bom recurso para reforçar o aprendizado. No trajeto para casa, por exemplo, você pode ouvir as explicações novamente e memorizar melhor o conteúdo.

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Grupo de estudo - Uma boa opção de estudo é juntar dois ou três amigos como mesmo objetivo. Mas o grupo deve ser disciplinado. Do contrário a reunião vai virar festinha.
Local tranquilo - Em casa, eleja um lugar calmo, bem iluminado e arejado para o estudo. Evite estudar ouvindo rádio ou televisão. Se tiver muita interrupção, escolha uma biblioteca para termais foco.
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Estar antenado - Mantenha-se informado. Temas atuais são exigidos por diversas carreiras. Por isso, separe um momento do dia para ler um jornal, consultar sites de notícias e até fazer fichamentos de fatos nacionais e internacionais.
Não desistir - Não desista na primeira reprovação. Em média, um candidato demora de dois a três anos para passar em um concurso público – às vezes até mais, dependendo da carreira escolhida.
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Provas anteriores - Prepara-se para o concurso fazendo simulações. Procure provas anteriores e refaça os exercícios, observando sempre quais são as maiores dificuldades. Há provas disponíveis na internet.
As informações são de Alessandra Oggioni, especial para o iG
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