Por felipe.martins

Rio - O Ministério do Meio Ambiente divulgou recentemente listas atualizadas das espécies brasileiras da fauna e da flora ameaçadas de extinção. A situação de cerca de 170 animais melhorou, mas especialistas alertam: não dá para relaxar.

“O fato de terem saído da lista não significa que não estejam vulneráveis à ameaça de extinção. Muitos deles estão agora classificados como ‘Quase Ameaçados’, o que significa que eles estão em uma linha tênue e podem ser incluídos em alguma das categorias de ameaça em futuro próximo”, esclarece Malu Nunes, diretora-executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

A instituição financiou projetos de conservação de 23 das espécies que saíram da relação, como a própria baleia-jubarte, a arara-azul-grande, o papagaio-de-cara-roxa, o albatroz-de-sobrancelha e a jaguatirica (foto).

Jaguatirica saiu da relação de animais em extinçãoHaroldo Palo Jr. / Agência O Dia

De acordo com Rosana Subirá, coordenadora substituta da Coordenação Geral de Manejo para Conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, dois fatores foram determinantes para melhorar o status das espécies: medidas de conservação rigorosas e a atuação diária de pessoas dedicadas à causa ambiental.

Para garantir os avanços, é necessário que cada espécie tenha um Plano de Ação Nacional (PAN), documento produzido pelo Instituto que lista objetivos prioritários de conservação. Em 2013 apenas 307 dos 1.173 animais registrados na fauna brasileira possuíam PANs.

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