“A maior dificuldade do abrigo é de se manter através de doações mesmo, porque tem ajuda, voluntários, mas existe uma parte burocrática e financeira que está sempre demandando uma atenção maior”, explicou. Quando chega no abrigo, as crianças não tratam Nathalia como uma estrela da TV: “Eles não me reconhecem muito não. Quando elas fazem cinco anos, precisam ir para outro lugar”.
Tenho uma amiga que já ajudava o abrigo, a Fernanda Britto. Ela começou a falar sobre o lugar e despertou a minha atenção. Fiquei com vontade de ajudar também.
Tudo ali me tocou! Conhecer as crianças, ver os bebês, o cuidado que eles têm. Ouvir as necessidades deles, os motivos... A Ana, que cuida da casa, o filho dela faleceu. E ela foi fazer esse trabalho. Hoje ela nem vê mais sentido em ter outro filho, diante de todas essas crianças que tem por aí e precisam de atenção. É emocionante.
Eu contribuí fazendo uma rede social. Eu os coloquei em contato com o Instituto Phi, que é de um amigo meu. É filantrópico. Eles fiscalizam e analisam as ONGs e fazem com que doadores façam suas doações de forma segura. Eles fazem o meio de campo entre quem quer doar e quem precisa de doação.
A maior dificuldade do abrigo é de se manter através de doações mesmo, porque tem ajuda, voluntários, mas existe uma parte burocrática e financeira que está sempre demandando uma atenção maior.
São umas 20 crianças.
O Sergio me acompanhou nessa inauguração. O abrigo conseguiu uma doação, através do Instituto, para fazer uma reforma no telhado, que tinha risco de cair e estava muito ruim. Ele já queria conhecer, mas não tinha conseguido. E agora deu certo.
As crianças são muito pequenas, as maiores têm quatro anos. E tem muito bebê. Eles não me reconhecem muito não. Quando elas fazem cinco anos, precisam ir para outro lugar. É triste, uma nova mudança, uma nova separação, mas é o que o abrigo consegue realizar.
Tudo ali é emocionante. A história da Ana é tocante. Quando elas contam a história de cada bebê, é uma mais forte do que a outra. Eles têm dias de vida e uma trajetória que já é mais complexa de qualquer pessoa que eu conheça.
Não é todo artista, todo ser humano deveria ajudar. Isso deveria estar mais presente no nosso dia a dia. Tem gente que não consegue sobreviver sozinho. Esses bebês, por exemplo, não conseguem sobreviver se esse abrigo não existir. A gente não tem o costume, porque não conseguimos fiscalizar, porque queremos saber se estão usando o nosso dinheiro de maneira honesta. Esse trabalho do Instituto Phi é muito legal porque ele faz isso, ele fiscaliza e vê se o dinheiro está sendo aproveitado corretamente. Acho que isso deveria fazer mais parte da sociedade. Eu estou muito feliz de poder contribuir e saber que o abrigo a cada dia mais ajuda mais bebês a terem uma casa, a serem adotados, a terem uma casa. O tema adoção também não é muito falado, as pessoas não têm tanto interesse. Isso deveria estar mais integrado com a nossa sociedade mesmo.