Por

Sergio Nogueira, professor

Quais os erros mais frequentes no Português?

Sempre ocorrem no uso do hífen. O maior número de perguntas que recebo é sobre o uso da crase. Nas organizações para quem dou consultoria, o assunto que mais dá dor de cabeça é concordância, principalmente concordância verbal. Considero como erros grosseiros: "houveram problemas", "para mim fazer" e "menas chances".

Por que um canal no Youtube?

Porque sempre senti necessidade de atualizar o formato das aulas e também porque quero ter mil alunos espectadores até o final do ano. A tecnologia gera essa necessidade de nos atualizarmos.

Existe falar certo ou errado?

O conceito só seria válido se o assunto fosse ortografia. Mesmo assim, o melhor seria tratarmos cada caso como grafia oficial ou não. Em relação à concordância, regência, uso dos pronomes etc., devemos analisar cada caso como adequado ou inadequado. Exemplo: A frase "a gente viu ele" é inadequada no uso culto da nossa língua, mas aceitável na língua coloquial.

A gíria ainda é a vilã do idioma?

A gíria nunca foi vilã. É a linguagem de grupos (sociais, profissionais, regionais) e sempre fez parte de todas as línguas. Precisamos saber quando a gíria é permitida/aceitável/adequada. É inadequado usar gírias em situações que nos exijam uma linguagem formal. Na praia, na balada, num estádio de futebol, o uso de gírias é aceitável. O problema da gíria é que seu conhecimento é restrito a um grupo e pode prejudicar a comunicação.

A comunicação mudou com a internet?

O "internetês" é uma forma de gíria. Não melhorou nem piorou. É mais uma maneira de nos comunicar. É restrita a um grupo. É importante observar que o "internetês" é uma língua puramente escrita: ninguém fala "internetês". Deixará marcas na linguagem escrita que poderão ser vistas como "melhorias".

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