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Houve época em que compra um carro 1.0 significava que a conta bancária estava em baixa e o desempenho iria ser tal e qual. Os 1.0 já foram chamados de populares, o que sempre foi uma rotunda mentira e a fama ficou. Mas quem busca um deles hoje pode se surpreender com o nível de acabamento, desempenho e também preço. Já andamos em vários e faz algum tempo que o motor 1.0 deixou de ser sinônimo de apatia. Lembra-se do teste do up!TSI, do Golf TSI e de outros.

O alumínio no bloco do motor de dimensões mínimas, o do Golf,por exemplo, tem um palmo de comprimento e a redução de massas com elevação da potência resultaram em baixa inércia, baixo consumo e ótimo desempenho.

Claro que os investimentos tecnológicos pesados significam custos e estes carros que já foram vendidos por 7 mil dólares hoje custam muito mais.

Bela surpresa ao dar uma volta longa com o novo Argo Firefly 1.0 de três cilindros. Percorremos 670 quilômetros entre cidades, estradas e serras para apontar um consumo médio de 13,5 km-litro, que é muito bom. O Argo não 'abriu o bico'como os antigos 1.0, nem transportando três pessoas e bagagens em subidas de serra. Tudo isso com bom conforto a bordo, ótimo acabamento e design com clara vertente italiana nas máquinas da Alfa Romeo. Nesta versão, bem equipada, havia ainda volante multifunções a multimidia central, opcional, com câmera traseira. O sistema start-stop apoia o baixo consumo.

Uma bela solução da Fiat que apostou em motor leve e com apenas um eixo de comando de válvulas, portanto seis válvulas. Com isso e o atrito ainda mais reduzido, um bom escalonamento de marchas, o compacto da Fiat agradou muito pelo torque eficiente, boas transposições dos odiosos quebra-molas e surpreendente prazer de dirigir.

No quesito suspensão, muito conforto com prestações eficazes de estabilidade.

Um carro que leva o 1.0 a outro patamar e entrega satisfação por R$ 48 mil.

Em breve estaremos com o Polo com motor 1.0, mesmas dimensões e proposta. A briga vai ser boa.

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