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Pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes atacou possíveis adversários em almoço com empresários na Firjan, no Centro do Rio, ontem. Sobre Marina Silva, o ex-governador do Ceará disse que não a vê com energia para a disputa e que, além disso, "o momento é muito de testosterona", hormônio masculino. Também dirigiu críticas aos tucanos Geraldo Alckmin, Doria e Aécio.

"Aécio Neves é um cadáver político, e o que se faz com um cadáver é sepultar. E aí não sei por que não se sepulta. O cara está lá dando as cartas. A onda de revolta pede que saia da presidência do PSDB (da qual está licenciado). E não vai sair. Aí não resolve", disse.

O ex-governador e ex-ministro criticou o comportamento de Marina Silva. "Não a vejo com apetite de ser candidata, ou então é uma tática nova que eu nunca vi na vida, que é o negócio de jogar parado, de não dar opinião. Não vejo ela com a energia, e o momento é muito de testosterona. Eu não elogio isso, é algo do Brasil. É um momento muito agressivo, e ela tem uma psicologia muito avessa a isso", afirmou.

Ciro acrescentou que o PSDB "vai fazer uma campanha situacionista", "segurando a alça de um caixão de um governo que tem 3% de aprovação, ou vai deixar para a véspera da eleição para sair e ficar com o justo estigma de oportunista". Qualquer político sabe que o Alckmin aumentava as remotas e decrescentes chances do PSDB. Vão se decidir por ele, e aí não se resolve o problema. Deixa o Doria desgastando o Alckmin", disse.

Ciro disse ainda que Jair Bolsonaro, por ora, "representa uma coisa muito respeitável que é a repulsa com a prática média da política". Destacou, porém, que "o voto não é catártico". "Essas bofetadas que o Supremo dá, que o Congresso dá, todo dia o Bolsonaro vira coisa catártica de protesto. Mas o voto não é catártico. O voto é afirmativo. Portanto, na hora que o PSDB se organizar, vão começar a se canibalizar. O PSDB subindo, e o Bolsonaro subindo. E eu vou passando."

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