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Dramático, sofrido como um tango, o destino da Argentina nas Eliminatórias terá seu desfecho na terça-feira. Pela primeira vez em 48 anos, nossos vizinhos podem desafinar, errar o compasso e ficar fora de uma Copa do Mundo. Dos cinco países que ainda lutam pelas três vagas em jogo, os argentinos têm a menor chance de classificação, de acordo com o matemático Tristão Garcia, do site Infobola.com. São 26%, atrás de Paraguai (28%), Chile (43%), Peru (51%) e Colômbia (52%).

O empate em 0 a 0 com o Peru, na noite de quinta-feira, ampliou o desespero da Argentina, que se vê obrigada a vencer o Equador, na altitude de Quito, para se classificar, na pior das hipóteses, para a repescagem e enfrentar a Nova Zelândia, campeã da Oceania. Os hermanos também têm chances de classificação em caso de empate e até mesmo de derrota (ver combinações de resultados no quadro ao lado).

Apesar de encarar o já eliminado Equador, os argentinos não terão vida fácil em Quito. Pelo menos se depender da vontade de Carlos Villacís, presidente da Federação Equatoriana de Futebol. "Disse aos meus jogadores, após o jogo com o Chile, que contra a Argentina vamos ganhar de qualquer maneira", afirmou o dirigente, que ainda não perdeu a oportunidade de alfinetar seus adversários: "Está proibido perder para a Argentina".

DIRIGENTE EM CAMPO

No primeiro treino após o empate com o Peru, na Bombonera, o presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapia, entrou em campo para conversar com o técnico Jorge Sampaoli o terceiro a ocupar o cargo na competição, após Edgardo Bauza e Gerardo Martino. Durante meia hora, os semblantes de preocupação chamaram a atenção dos jornalistas.

E não é para menos. Fora de seus domínios, nestas Eliminatórias, a equipe venceu apenas dois de oito jogos. E ainda há uma terrível coincidência: na estreia na competição, os argentinos perderam por 2 a 0 para o Equador, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

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