Por HUGO PERRUSO

A quarta partida seguida sem vencer na temporada não foi bem digerida pela torcida do Flamengo que, após o apito final, gritou "time sem-vergonha" e pediu disposição aos jogadores. A decepção dos rubro-negros com a campanha muito aquém do esperado pelo alto investimento do clube em 2017 aumenta a pressão sobre o elenco para a reta final e o técnico Reinaldo Rueda, que só concorda em partes com o protesto.

"Sempre a torcida quer que a equipe ganhe, é o nosso compromisso. Infelizmente tomamos o gol contra, numa situação que faz parte do imponderável do futebol. Pelo resultado, a torcida tem razão (em protestar), mas, pela entrega no campo, é um pouco forte. Mas essa é a exigência do Flamengo, a paixão, o sentimento do torcedor. Estão todos no seu direito", minimizou o treinador.

Ainda assim, Rueda admite que o Flamengo tem deixado a desejar. A principal preocupação, para ele, é em relação ao último lance antes da finalização. Até em função disso, está buscando alternativas no time titular e testou Rômulo no lugar de Willian Arão.

"Estou buscando soluções, respeitando o que aconteceu no último jogo contra a Ponte Preta, quando não estivemos em nível ideal. Por isso fiz alguns ajustes nas escalação. Rômulo vem fazendo bom trabalho nos treinos, vem recuperando-se. Ele seria o equilíbrio entre Márcio Araújo e Everton Ribeiro", explicou o treinador, que, sem poder escalar Guerrero e Trauco de início porque chegaram de madrugada ao Rio, admitiu que só os colocou em campo mais cedo que o planejado por causa do gol do Fluminense.

PARÁ SE EXPLICA

Sobre o gol contra, o segundo que marcou em Fla-Flus (o outro foi no Brasileiro de 2015, na derrota rubro-negra por 3 a 2), Pará se explicou e minimizou o lance.

"O Scarpa estava na jogada. Tentei afastar de qualquer jeito e a bola pegou no bico da chuteira. Só acontece com quem está ali dentro", justificou.

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