Por ANDRÉA AMIN

Muito se discute sobre o aumento da violência no Rio de Janeiro e, sobretudo, acerca do uso generalizado de fuzis pelo crime organizado. O cerne da questão, porém, reside no fato de que, uma vez posto nas mãos de criminosos entrincheirados no interior das nossas comunidades, a presença do fuzil impõe altíssimo risco à vida de moradores e de policiais, distorcendo os paradigmas da segurança pública e dificultando o próprio controle da atividade policial.

Diante deste cenário, mostra-se imprescindível impedir a entrada dos fuzis em nosso estado que, frise-se, não possui fronteiras internacionais , identificando e desmantelando as estruturas e rotas do tráfico internacional de armas.

Assim, três medidas devem ser adotadas: o fortalecimento da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Exército no patrulhamento das fronteiras terrestres brasileiras, em especial daquela guardada com o Paraguai; o estabelecimento pela Marinha da atividade de guarda costeira nos fundos da Baía de Guanabara, porta

aberta à entrada de armamento e drogas; e o aumento do controle sobre a produção e a comercialização de armas e munição produzidas no Brasil através de alterações na legislação, sobretudo no decreto que regula a fiscalização exercida pelo Exército.

É preciso compreender que o bem-estar dos cidadãos fluminenses, através do combate eficiente à criminalidade, começa a ser construído muito longe do nosso estado. Trata-se de um problema nacional, que demanda medidas no âmbito federal, sem as quais não estaremos, verdadeiramente, promovendo a segurança pública.

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