Dados da Ceg, distribuidora de gás natural no Rio, apontam que o número de conversões em veículos para o GNV no Estado do Rio ultrapassou a marca de 25 mil veículos no primeiro semestre de 2017. Para a companhia, a economia média do combustível em comparação à gasolina e ao etanol atinge 64%, razão que justifica a atração da população pelo recurso. Outro atrativo da conversão é o desconto de 62,5% no IPVA de 2018.
Até o fim deste ano, com relação ao acumulado até setembro, a Ceg espera um aumento de 72% no número de conversões só no Rio. Em todo o Brasil, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran, com dados de junho de 2017), já há 1,9 milhão de veículos convertidos a GNV 1,1 milhão deles estão no Rio de Janeiro. O principal benefício para quem opta pela escolha, segundo a companhia, está no bolso. Uma simulação da empresa mostra que com R$ 50 abastecidos de GNV é possível percorrer 320 quilômetros, uma economia de 66% ante gasolina e etanol, que alcançariam as marcas de 120 e 110 quilômetros, respectivamente. O gás natural veicular também é menos poluente que os demais.
Antes de converter
Existem alguns tipos de kit GNV. Além dos kits convencionais, o mercado já está comercializando os chamados kits de 5ª geração, que são considerados mais seguros, passam por duas vistorias anuais e um teste de cilindro a cada cinco anos. Ainda mais compactos, eles ocupam menos espaço na mala. Outra observação importante é a escolha da oficina.
O consumidor deve escolher uma devidamente credenciada pelo Inmetro para a instalação do kit. Uma alternativa segura é buscar uma oficina com o selo 'Oficina 10', que é um projeto realizado em parceria com o Centro de Tecnologias do Gás (CTGÁS), da Petrobras e Senai, com o objetivo de reconhecer e certificar as convertedoras do Estado do Rio de acordo com critérios de segurança e qualidade em instalação de kits GNV. Essas empresas foram aprovadas dentro dos requisitos exigidos para instalar kits de 5ª geração. A lista completa de locais que já foram contemplados com o selo podem ser encontrados no endereço eletrônico www.gasnaturalfenosa.com.br/oficina10.
Por fim, a convertedora deve indicar sinais de uma boa instalação. Ela deve assegurar as seguintes condições: baixo índice de emissão de poluentes, menor perda de potência do veículo, além de melhor aproveitamento no espaço do porta-malas ou caçamba do veículo.
Sem restrições
Segundo a ABNT, o GNV é considerado mais seguro do que qualquer combustível líquido. Mais leve que o ar e armazenado nos veículos em cilindros sob alta pressão, não oferece risco de explosão, até porque o sistema é dotado de válvulas de segurança que se fecham caso haja algum rompimento na tubulação. Por isso, os acidentes são muito raros e atribuídos ao uso de equipamentos inadequados.
O GNV pode ser usado como combustível alternativo em qualquer veículo movido a gasolina ou álcool, com carburador ou sistema de injeção eletrônica. Seu conceito de segurança é reconhecido também fora do Brasil, em vários países.
Estimativas da Associação Internacional de Veículos a Gás Natural (IANGV, na sigla em inglês) apontam que, até 2020, 80% da frota mundial de automóveis o equivalente a 65 milhões de veículos serão movidos a GNV. No Brasil em crise econômica, a demanda cresce principalmente em razão da questão financeira, já que seu preço é bem mais acessível.