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Negros e pardos sofrem mais com o desemprego e, quando têm emprego, trabalham em atividades de menor qualificação e em piores condições, como domésticos ou ambulantes. O resultado é que, no 3º trimestre, o rendimento médio deles (R$1.531) foi quase a metade (55,5%) do registrado para brancos (R$ 2.757).

O Brasil tem 1,832 milhão de ambulantes, sendo 1,222 milhão, ou 66,7%, pretos ou pardos. Empregadas e empregados domésticos somam 6,177 milhões, e 4,076 milhões, ou 66%, têm a pele negra ou parda. Os dados fazem parte de estudo sobre desigualdades do mercado de trabalho conforme a cor da pele, do IBGE para o Dia da Consciência Negra, comemorado segunda-feira.

A desigualdade se repete entre os desempregados. No 3º trimestre, 12,961 milhões de pessoas estavam na fila do desemprego. Dessas, 8,252 milhões são negros ou pardos, 63,7% do total. Com isso, a taxa de desemprego da população negra ou parda é de 14,6%, acima da média, que ficou em 12,4%. Entre os brancos, a taxa ficou em 9,9%. A pesquisa mostrou que faltava trabalho para 26,8 milhões de pessoas no país no terceiro trimestre.

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