Abel Braga pediu união e colaboração para deixar a crise para trás - NELSON PEREZ/FLUMINENSE
Abel Braga pediu união e colaboração para deixar a crise para trásNELSON PEREZ/FLUMINENSE
Por ASSINATURA REPÓRTER

Finalmente livre do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Fluminense faz hoje o último jogo em casa nesta temporada, às 17h, contra o Sport. Quem também pode se despedir da torcida é Abel Braga, ainda com futuro incerto. Se depender do treinador, a partida, no Maracanã, será apenas um "até 2018", mas, para isso acontecer, será preciso fechar um acordo com o presidente tricolor, Pedro Abad.

Com contrato até dezembro do próximo ano, Abel está disposto a cumprir até o fim o acordo, só que também não quer passar pelo mesmo sufoco de 2017, com um elenco recheado de jovens saídos dos juniores e com muitos problemas para resolver. Por isso, uma reunião com Abad, possivelmente na semana que vem, selará o seu destino.

Em entrevista ontem, o treinador adiantou que não espera por altos investimentos para reforçar o grupo, mas pretende sugerir três ideias ao dirigente. Se forem aceitas, ele ficará. Caso contrário, não deve permanecer.

"O que passa na minha cabeça é que quero cumprir o contrato. Vamos conversar e não farei nenhum tipo de exigência. O que quero saber é o que vai acontecer no ano que vem. Colocarei algumas ideias e quero escutar o que o presidente vai falar. O torcedor pode ficar tranquilo: estou onde gosto", afirmou Abel, reforçando que o fato de estar no Rio e no Fluminense pesa a favor.

Ainda assim, a difícil temporada de 2017 pesa contra. Mesmo sabedor de que o clube vive grave crise financeira, Abel quer reforçar o elenco, mas não espera por grande investimento. Entre as ideias, está a de que é possível reforçar sem pagar caro. Possivelmente, em parceria com empresários ou empréstimo de outros clubes, além de tentar manter nomes importantes, como Gustavo Scarpa.

"O presidente é verdadeiro. Se for como 2017 ou com dificuldades maiores, aí é complicado. Não espero ouvir sobre investimento, até porque o clube não tem condições. Precisa é vender. Mas há outras possibilidades de conseguir jogador. É isso que vamos conversar. Vou dizer o que penso. Precisamos de uma segurança maior. A gente tem de dar uma encorpada", analisou o treinador.

PRESSA PARA RESOLVER

Pelo lado do Fluminense, há a vontade de ceder em alguns pontos desejados por Abelão para mantê-lo. Além disso, há pressa para resolver logo a situação para não atrasar o planejamento para 2018, até porque o tempo será bem curto de preparação, já que o Tricolor viajará para disputar a Florida Cup (joga dia 12 de janeiro contra o PSV).

Apesar do interesse do Internacional, que já conversou com Fábio Braga, filho e representante do treinador, o que pode passar mais tranquilidade à diretoria tricolor é a vontade de Abel. Mesmo sem ainda ter certeza se irá continuar, ele já iniciou o planejamento para 2018, inclusive com mudança tática.

"Eu já pensei em várias coisas. Até na maneira de jogar no ano que vem. Se eu continuar, vamos ter novidade. Bem drástica. Venho pensando, amadurecendo. Para que isso ocorra, é necessário que uma ou duas ideias minhas sejam realizadas. É aquele negócio: não adianta ter canja, se não tem galinha. Meu grupo é bom, mas faltam algumas coisas", avisou.

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