O presidente do Rioprevidência, Reges Moisés dos Santos, ressaltou que o valor vai garantir o pagamento de aposentadorias e pensões - Divulgação
O presidente do Rioprevidência, Reges Moisés dos Santos, ressaltou que o valor vai garantir o pagamento de aposentadorias e pensõesDivulgação
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Depois de quatro anos de governo da socialista Michelle Bachelet, os chilenos se preparam para uma guinada à direita nas eleições presidenciais de amanhã, que têm como favorito o magnata e ex-presidente Sebastián Piñera. Na sétima eleição realizada após o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), pesquisas situam Piñera num cômodo primeiro lugar, distante do governista Alejandro Guillier.

"Mas é pouco provável que Piñera vença no primeiro turno", afirma Mauricio Morales, acadêmico da Universidade de Talca, que prevê que o empresário deva obter 44% dos votos abaixo dos 50% necessários para vencer , Guillier, em torno dos 25% e a representante da Frente Ampla (esquerda radical), Beatriz Sánchez, 11%.

No total, oito candidatos, seis deles de centro-esquerda, disputam a sucessão de Bachelet. Uma alta abstenção favoreceria Piñera, com um eleitorado motivo e cativo.

Bachelet tem pedido aos 14,3 milhões de chilenos com direito a voto que vão em massa às urnas. "Exerçamos esse direito cidadão, depois de tantos anos em que não tivemos direito de votar. Hoje podemos fazê-lo, e mais de 40 mil pessoas o farão fora do Chile. A abstenção não faz bem à democracia", discursou a presidente, que revezou o poder com Piñera desde 2006. O Chile não prevê reeleição.

Com voto não obrigatório desde 2012 e uma abstenção em ascensão, os analistas apostam em uma participação de apenas 40%."A gente não quer votar porque ninguém acredita que possa haver uma mudança substancial. Além disso, já se sabe quem vai ser presidente", justifica Catalina Gascone, estudante de 19 anos.

De 2010 a 2014, Piñera rompeu a hegemonia mantida pela centro-esquerda que levou o país a um período de prosperidade sem precedentes. Depois de um crescimento que se situa em 1,8% nos quatro anos de Bachelet, o mercado dá por certo uma volta da direita ao Palácio de La Moneda.

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