Por KARILAYN AREIAS

A audiência na Câmara Municipal de São João de Meriti para discutir o projeto de lei do movimento Escola Sem Partido, que prevê o cerceamento do trabalho de professores nas escolas do município, foi realizada ontem com mais polêmica. Pessoas contrárias ao projeto acusaram integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), que defendem a aprovação, de furar fila para entrar na Câmara, lotando o plenário e beneficiando quem era a favor da medida.

"Foi uma audiência pública desequilibrada, onde quem era a favor do projeto teve muito mais voz do que quem era contra. Foi um palanque para quem quer ver esse projeto aprovado. A ideia do Escola Sem Partido prega a desqualificação e demonização do professor, que estudou muito para estar em sala de aula", contou o professor de História, Valter Mattos, após três horas e meia de audiência. De acordo com Valter, uma ação popular pedindo o cancelamento da audiência foi encaminhada ao Ministério Público.

Já para o presidente da União Direita do Brasil (UDB), Gabriel Araujo, a ideia do projeto é impedir que professores levem para sala de aula questões pessoais. "Atualmente vemos diversos relatos de alunos que são oprimidos, expulsos de sala de aula, porque têm uma opinião política diferente do professor. O Escola Sem Partido é para garantir a segurança do aluno", afirma. Sobre a questão do número de participantes a favor na audiência, Gabriel justificou: "Estava aberto para quem quisesse ir. O MBL se moveu e levou mais pessoas".

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