O Centro de Distribuição da Infracommerce, em São Paulo. Empresa opera no sistema 'full service' e controla todas as etapas do e-commerce, desde o pagamento à entrega. Havaianas e Oakley são clientes
O Centro de Distribuição da Infracommerce, em São Paulo. Empresa opera no sistema 'full service' e controla todas as etapas do e-commerce, desde o pagamento à entrega. Havaianas e Oakley são clientesdivulgação
Por
Apesar da crise, o mercado de vendas online segue uma curva ascendente no Brasil. Para este Natal, a Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABComm) espera um aumento de 12% nas vendas no e-commerce em relação a 2016, o que corresponde a um total de R$ 8,4 bilhões em movimentações financeiras. Segundo a ABComm, serão 27 milhões de pedidos entre os dias 24 de novembro e a próxima sexta-feira, com um gasto médio de R$ 308. Os setores campeões de vendas serão os de Informática, Eletrônicos, Moda e Acessórios e Casa e Decoração.
Segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 40% dos consumidores vão optar pela compra online neste Natal. Para profissionais do e-commerce, a tendência de crescimento das vendas pela internet, mesmo em tempos de dificuldades financeiras e altos índices de desemprego, reflete mudanças de comportamento tanto de lojistas quanto de consumidores.
Publicidade
"Os empresários estão investindo mais nos seus canais de e-commerce ao mesmo tempo em que as pessoas estão se sentindo mais seguras em comprar pela internet. Percebemos uma mudança na jornada de compra dos clientes. Este ano, as conversões das consultas de preços em compras cresceu cerca de 30%", diz Thiago Mazeto, gerente de marketing da Tray, plataforma de e-commerce da Locaweb que fornece infraestrutura para a criação de lojas virtuais e as integra aos principais portais de vendas online do país.
investimentos no natal
Publicidade
Para a demanda do Natal, Thiago conta que o maior investimento da empresa foi para manter os servidores estáveis diante do aumento de acessos. "Contratamos profissionais e adquirimos um equipamento de última geração para evitar que os sites saiam do ar", diz.
Na Infracommerce, responsável pelas lojas virtuais de marcas como Havaianas, Oakley e Ray Ban, a maior preocupação é com as entregas. A empresa atua em todas as etapas do e-commerce, desde o pagamento ao transporte das mercadorias. Em outubro, foram contratados cerca de 70 profissionais para reforçar o período de fim de ano, nas áreas de atendimento ao cliente e logística.
Publicidade
Outra preocupação para os empresários são os riscos de fraudes. "O cliente não precisa se preocupar, pois o mercado já assume esse risco", diz Mazeto. A mais comum delas é a compra em cartões de crédito de terceiros. "Os mecanismos de segurança evoluíram muito e a cada ano esse problema é menos relevante", diz Kai Schoppen, CEO da Infracommerce, que destina 0,2% de seu faturamento para cobrir fraudes. Já a Synapom, que controla as lojas virtuais de marcas como Cavalera e Topper, separa 0,1% para o mesmo fim. "Realizamos testes periodicamente para impedir qualquer tipo de invasão de hackers, o que hoje é praticamente nulo", diz Fábio Fialho, diretor da Synapcom.