Palestinos jogaram pedras em soldados israelenses, que reagiram com disparos e bombardeios aéreos
Palestinos jogaram pedras em soldados israelenses, que reagiram com disparos e bombardeios aéreos AFP/JAAFAR ASHTIYEH
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Dois palestinos morreram ontem em confrontos com as forças israelenses em mais um "dia de ira" que levou milhares de manifestantes às ruas após a decisão do presidente americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.
Os protestos aconteceram na Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém, e em diferentes países muçulmanos, do Irã à Malásia. Os palestinos jogaram pedras em soldados israelenses que responderam com disparos de balas de borracha e munições letais, assim como bombas de gás lacrimogêneo.
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Aviões israelenses também bombardearam posições militares do movimento islâmico Hamas, ferindo ao menos 14 pessoas. A ação foi uma resposta a um foguete que atingiu a cidade de Sderot, no sul de Israel, no terceiro ataque deste tipo desde o anúncio de Trump.
Além dos dois mortos, um jovem palestino, de cerca de 20 anos, foi atingido por uma bala na cabeça e está em estado grave.
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Um encarregado do Fatah, partido palestino mais importante, afirmou que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, não receberá o vice-presidente Mike Pence na visita programada para dezembro.
Os dirigentes palestinos consideram que a decisão americana condiciona as negociações sobre o estatuto de Jerusalém. Segundo eles, Trump assumiu o cargo proclamando sua vontade de alcançar um acordo diplomático para a paz, mas não pode mais assumir o papel histórico dos EUA como mediador no processo de paz.
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O presidente tomou a decisão na quarta-feira e anunciou ainda a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para a cidade. O secretário de Estado, Rex Tillerson, no entanto, afirmou que a mudança não vai acontecer antes de dois anos.
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Conselho da ONU se reúne
O Conselho de Segurança da ONU se reuniu ontem em Nova York. Os embaixadores da França, Reino Unido, Itália, Suécia e Alemanha afirmaram que a decisão "não está conforme as resoluções do Conselho de Segurança" e negaram a legitimidade.
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"O status de Jerusalém deve ser determinado por negociações entre israelenses e palestinos. Na ausência de um acordo, não reconhecemos nenhuma soberania sobre Jerusalém", ponderaram.
Jerusalém abriga lugares sagrados das três grandes religiões monoteístas. Desde a criação de Israel, em 1948, a comunidade internacional nunca reconheceu a cidade como capital. A medida de Trump cumpre uma lei americana de 1995.
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