Por O Dia
Dois suspeitos foram mortos em um confronto com policiais na Rocinha, na Zona Sul do Rio, na noite desta quarta-feira. PMs do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) fizeram uma operação na comunidade após a prisão do chefe do tráfico Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, e moradores relataram intensos tiroteios na favela.
De acordo com a PM, os policiais foram atacados durante um patrulhamento na Rua 2. Houve confronto e dois homens foram baleados. Os suspeitos chegaram a ser socorridos e levados para o Hospital Municipal Miguel Couto, mas não resistiram.
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Com a dupla, os policiais apreenderam uma pistola Glock com a numeração raspada, uma pistola .380, uma granada, 34,5 kg de maconha em tablete, um carregador e 106 munições. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Homicídios da Capital (DH). Segundo a corporação, o policiamento foi reforçado na região.
ogério 157 é preso
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Chefe do tráfico da Rocinha, Rogério 157 foi o responsável por intensos confrontos na comunidade da Zona Sul em setembro. Um dos mais procurados do estado, ele foi preso e levado por 20 policiais da 12ª DP (Copacabana) e da 13ª DP (Ipanema) para a Cidade da Polícia.
Os agentes contaram que o traficante foi encontrado inicialmente em uma casa que já estava sendo monitorada pela polícia. Depois, ele fugiu para a residência de uma moradora da favela, que fica a 200 metros da Cadeia de Benfica, onde o ex-governador Sérgio Cabral está preso. Rogério tentou se esconder com um cobertor em uma cama e também se identificou como Marcelo e primo da dona da casa.
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Os policiais começaram a fazer uma série de perguntas e ele caiu em contradição. Em um dos questionamentos, um agente quis saber qual era o nome do pai da dona da casa e Rogério não soube responder. Depois, o traficante disse que "em 20 minutos resolveria tudo". Ao perceber a tentativa e suborno, um policial chamou o delegado Gabriel Ferrando, que coordenava a ação, e o criminoso foi preso.
As investigações começaram há dois meses, quando os policiais mapearam os possíveis locais onde o traficante estaria escondido. Ferrando contou que a aparência de Rogério 157 estava "um pouco diferente" e que o criminoso tentava apagar uma cicatriz no braço para impedir o seu reconhecimento.