Lenine
 - Divulgação/Flora Pimentel
Lenine Divulgação/Flora Pimentel
Por BRUNNA CONDINI

Rio - O cantor pernambucano Lenine junta-se à Orquestra À Base de Corda, de Curitiba, para quatro apresentações no Teatro da Caixa Nelson Rodrigues, no Centro, hoje, amanhã e sábado (quinta e sexta, às 19h; e sábado com dois shows, às 17h e às 19h).

No repertório, sucessos de várias fases da carreira, como 'Lavadeira do Rio', 'Leão do Norte', 'Silêncio das Estrelas' e 'Paciência'. "Cantar junto com uma orquestra é sempre especial. Você consegue formar sonoridades diferentes, mais acadêmicas. Por isso nos preocupamos em selecionar um repertório que estimulasse essas descobertas e inventividades sonoras", diz Lenine, que estreou, em 2005, seu primeiro show sinfônico com a Orquestra Nacional de Île de France, no Theatro Zenith, em Paris.

Ele comenta a feliz parceria com a Orquestra À Base de Corda de Curitiba, dedicada à música popular: "Com orquestras, consigo chegar às pessoas que gostam das minhas músicas e que gostam de orquestra no teatro. Consigo mesclar dois públicos em torno do que me faz mais feliz, que é a música".

PARCERIAS

Com dez discos lançados e ganhador de cinco prêmios Grammy Latino, Lenine já teve suas canções gravadas por nomes como Elba Ramalho, Maria Bethânia e Ney Matogrosso, entre tantos outros. Mas revela, que ainda sonha com uma parceria. "Ainda falta uma canção com o Rei, com Roberto Carlos", torce.

RECIFENSE-CARIOCA

Com 35 anos de carreira, o cantor lembra do início da carreira e da vinda para o Rio no final dos anos 1970, aos 20 anos. "Queria estar perto da produção feita no país. Naquele momento existiam duas opções: Rio ou São Paulo", recorda. "Minha ligação com o mar me trouxe para o Rio. Mas com a internet, houve descentralização, e as novas gerações não precisavam sair de seus lugares de origem pra tentarem uma carreira artística".

Pai de João Cavalcanti, Bruno Giorgi (estes, também músicos) e Bernardo, Lenine fala com orgulho do desenvolvimento da carreira dos herdeiros. "Estou muito babão, claro! Eles sempre se interessaram não só por arte, mas pelas ferramentas do fazer", diz o avô de Tom, Luna e Martin, filhos de João. O cantor está à espera do quarto neto, Ruda, filho de Bernardo, que nasce em fevereiro.

O artista faz ainda um balanço da carreira recheada de criações. "Durmo tranquilo. Não foi fácil, mas me mantive íntegro naquilo que acredito. E sigo fazendo", diz. "Estou em plena produção do meu novo projeto, 'Em Trânsito', que será lançado em vários formatos ao longo de todo o ano".

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