Michel Temer encontrou a governadora de Roraima, Suely Campos, para tratar da crise de refugiados - Beto Barata/PR/Agência Brasil
Michel Temer encontrou a governadora de Roraima, Suely Campos, para tratar da crise de refugiadosBeto Barata/PR/Agência Brasil
Por O Dia

Roraima - Foi anunciado em visita ao presidente Michel Temer, nesta segunda-feira, em Boa Vista, uma força tarefa para o Brasil controlar o ingresso de venezuelanos em Roraima. Segundo plano, haverá aumento de 100 para 200 homens nos pelotões da fronteira do Estado e duplicação dos postos de fiscalização.

De acordo com a Polícia Federal, 42 mil imigrantes venezuelanos entraram em 2017 e não saíram, equivalente a 10% da população do Estado. Após o anúncio da assinatura da medida provisória decretando uma espécie de "estado de emergência social" na região, os ministros da Defesa, Raul Jungmann, do Gabinete de Segurança Constitucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, e da Justiça, Torquato Jardim, detalharam algumas das medidas.

No que se refere ao Ministério da Justiça, 32 homens da Força Nacional que estão em Manaus serão deslocados para Roraima e oito caminhonetes, assim como motocicletas, serão levadas para ajudar no patrulhamento. Um hospital de campanha será montado em Pacaraima, cidade fronteiriça. Além de novos centros de triagem que devem ser instalados na região. "Após o carnaval um censo entre os venezuelanos definirá quais serão enviados para São Paulo, Paraná, Amazonas e Mato Grosso do Sul", disse o ministro.

Temer, que não chegou a passar pelas ruas e praças de Boa Vista tomadas pelos imigrantes, listou o fluxo de refugiados para o Estado como um problema grave, que pode ter impacto em outras partes do País. De acordo com o presidente, a governadora de Roraima, Suely Campos, mencionou que cidadãos do país vizinho estariam "tirando emprego de roraimenses". "Temos milhares de venezuelanos em Roraima que demandam remédios e alimentação e não podemos e nem queremos fechar as fronteiras", afirmou Temer. O presidente anunciou revalidação de diplomas para professores e médicos venezuelanos, como forma de aumentar a participação deles na assistência. Canadá, Estados Unidos e União Europeia já ofereceram ajuda para controlar o fluxo desordenado.

 

Com informações do Estadão Conteúdo

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