Nélio Georgini, coordenador da Ceds, contou que o órgão não registrou nenhum caso de homofobia em quatro dias de Carnaval - William dos Santos / Agência O Dia
Nélio Georgini, coordenador da Ceds, contou que o órgão não registrou nenhum caso de homofobia em quatro dias de CarnavalWilliam dos Santos / Agência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - O coordenador da Coordenadoria Especial para Diversidade Sexual (Ceds), Nélio Georgini, esteve no Camarote O DIA na Folia, nesta segunda-feira de Carnaval e comemorou um feito histórico: nos quatro dias de folia a pasta não registou nenhum ato de homofobia na cidade.

"Até agora não registramos nenhum tipo de agressão. No mesmo período do ano passado, a nossa pasta já havia registrado vários casos", lembrou Nélio.

Segundo a Ceds, durante todo o ano de 2017, 58 casos de homofobia foram registrados na cidade. Segundo a pasta, as agressões, geralmente, acontecem na própria família. "Infelizmente, a discriminação acontece dentro da própria casa. No entanto, não é regra. Temos casos de discriminação no trabalho, na rua etc", disse o coordenador do grupo de diversidade.

Até o fim do Carnaval, o órgão - que é ligado à Casa Civil - pretende distribuir cerca de 3 milhões de kits de prevenção (com camisinha, gel lubrificante e um folhetos informativos sobre DSTs). "Estamos felizes pois o projeto abrangendo todo mundo. As distribuições acontecem no Sambódromo, no Terreirão do Samba, na Lapa, em Ipanema, em Campo Grande e em Madureira",

Beija-Flor de coração, o coordenador disse que durante o carnaval passou por diversos camarotes. "Sou apaixonado por essa festa. Quando recebi o convite do jornal O DIA para curtir, não pensei duas vezes e vim", disse. Perguntado se conseguiu assistir algum desfile, Nélio brincou: "Queria muito, mas não conseguiu. No dia seguinte assisto o compacto da apresentação das escolas".

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