Rio - Depois do que a torcida tricolor viu ontem no Maracanã, fica quase impossível imaginar que o time consiga vaga na Libertadores, mesmo que entrem cinco brasileiros. Foi uma exibição de falta de inspiração, esquema tático equivocado, lentidão e certa displicência. No primeiro tempo, ainda houve esperança e algumas jogadas perigosas, mas, a partir do primeiro gol da Chapecoense, foi tudo para o espaço. Só na base dos contra-ataques, o time catarinense humilhou o Fluminense. A goleada surgiu pelos muitos defeitos e também pelas falhas de uma defesa tecnicamente ruim, sempre mal postada. O melhor time do futebol carioca não resistiu a um modesto adversário bem organizado e guerreiro em rodada de derrotas para todos os times do Rio. Vexame total de um futebol decadente.

DOSE DUPLA
Não foi agradável para o torcedor do Flamengo sofrer duas goleadas de quatro em tão pouco tempo. A primeira com características dramáticas. E a outra, sem valer muita coisa, mas que expôs a superioridade do Galo, a própria fragilidade e uma desconcentração incompatível com a grandeza do clube. Flamengo é Flamengo e não pode perder de forma tão humilhante.
TRAGÉDIA
O Botafogo precisa de uma</MC> mudança completa em sua administração. O que se viu em São Januário foi o resumo do abandono, do descalabro, do desespero do time e da indisciplina. Aliás, em nome dela, foram feitos covardes expurgos, mas lá ficaram Jobson e Carlos Alberto. Dizer que a bola não entra e, como Jefferson, falar de Deus, soa ridículo.
PARA DISFARÇAR
Bem que o Vasco poderia brindar a sua grande torcida com uma boa exibição no Maracanã. Tem tudo a favor. O palco, a massa, o adversário fraco e a tranquilidade de quem está praticamente classificado. Basta que haja esforço e capricho. Seria uma forma de fazer uma boa festa de volta à elite e de esquecer jogos horríveis. Mas, para 2015, é melhor mudar tudo.
BOA SORTE
A grande atração da semana é a estreia mundial de ‘Jogos Vorazes, a esperança, parte 1’, mas a série, esticada e desdobrada, dá mostras de um certo cansaço. Há ainda a simpática e talentosa Deborah Secco em ‘Boa sorte’, estreia nacional. No circuito alternativo, o francês ‘A promessa’ merece atenção pelo ótimo currículo do diretor Patrice Leconte.