Rio - Fechado nos anos de 2013 e 2014, o estádio do Engenhão pode ter sido interdidato sem nenhum risco. Segundo a rádio CBN, a análise feita pela DFA Engenharia e pela Controlatto concluiu que a cobertura do estádio do Botafogo não apresentava nenhum defeito e que a obra de R$ 100 milhões foi desnecessária.
Segundo o laudo, as falhas encontradas eram diferenças normais para construções de grande porte e que não havia sinal de desgaste. As ferrugens nos arcos de sustentação, que se tornaram símbolo do problema, eram, na verdade, falta de manutenção da pintura.

O estádio foi interditado em 26 de março de 2013. Três meses depois, prefeitura, Odebrecht e OAS fecharam um acordo para que o consórcio das empresas fizesse o reparo na cobertura, arcando com os custos.
Segundo a CBN, o consórcio RDR, formado por Racional, Delta e Recoma e que foi responsável pela primeira parte da obra, briga na Justiça contra o consórcio Engenhão, formado por Odebrecht e OAS. A Odebrecht tenta receber cerca de R$ 100 milhões, alegando que falhas haviam sido causadas por erros no projeto.
O estádio foi reaberto no dia 7 de fevereiro em duelo pelo Campeonato Carioca de 2015, quando o Botafogo goleou o Bonsucesso por 4 a 0. Em nota, o Consórcio Engenhão informou que qualquer manifestação técnica será feita apenas na esfera judicial. Leia a íntegra da nota:
“O Consórcio Engenhão reafirma que sempre pautou suas ações tendo como premissa a segurança das pessoas, com o amparo de laudo elaborado pela empresa alemã Schlaich, Bergermann und Partner (SBP) – maior especialista mundial no assunto. O tema continua “sub judice” e qualquer manifestação técnica do Consórcio Engenhão se dará exclusivamente no âmbito da respectiva demanda judicial. O Consórcio Engenhão ressalta, ainda, que a reforma da cobertura do estádio foi realizada sem quaisquer ônus aos cofres públicos, deixando a responsabilidade sobre os custos a ser tratada judicialmente entre o Consórcio Engenhão e o Consórcio RDR.”