Paraná - Presos na 11ª fase da Operação Lava, no mês passado, três ex-parlamentares foram denunciados pelo Ministério Público Federal por crimes relacionados à Petrobras, nesta quinta-feira, em Curitiba. Os denunciados são André Vargas, Pedro Corrêa e Luiz Argôlo, todos ex-deputados federais acusados de corrupção e desvios financeiros. Além deles, outras 12 pessoas, ligadas aos ex-parlamentares, receberam denúncias da promotoria, protocoladas na Justiça Federal nesta quinta-feira.
As denúncias seguem agora ao juiz Sérgio Moro, a quem cabe a escolha de acatá-las ou não. Se aceitá-las, os denunciados se tornam réus na Justiça. Em março, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a abertura de 28 inquéritos para investigar 47 políticos suspeitos de envolvimento no esquema de desvios na Petrobras, desmantelado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.

A promotoria dividiu os denunciados em três núcleos, cada qual ligado a um dos ex-deputados. O núcleo de Vargas, cujo mandato de parlamentar foi cassado em dezembro passado, devido ao envolvimento com o doleiro Alberto Youssef – peça-chave na investigação da Polícia Federal –, é composto por Leon Dênis Vargas Ilário, Milton Vargas Ilário e
Ricardo Hoffmann.
Acusado de ser o responsável por manter Paulo Roberto Costa – outra peça-chave na investigação – na diretoria de Abastecimento da Petrobras entre 2004 e 2012, Argôlo teve incluído em seu núcleo Alberto Youssef, Rafael Ângulo Lopes e Carlos Alberto Costa. O ex-deputado do PP teria recebido vantagens financeiras por sua função em ao menos dez oportunidades e ainda é investigado, além de vantagens financeiras, de ter sido operador no esquema, devido à sua proximidade de Youssef.
Já o núcleo de Pedro Corrêa, condenado por desvios no processo do mensalão e apontado como receptor de R$ 5,3 milhões em propinas de Paulo Roberto Costa, é formado por Ivan Vernon, Márcia Danzi, Aline Corrêa, Alberto Youssef, Rafael Ângulo Lopes e Fábio Corrêa.