Rio - O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) começa a montar cenários para compor sua chapa para a corrida pelo governo do Rio de Janeiro, agora que avançou na articulação para viabilizar sua candidatura. Entre as composições em estudo há a possibilidade do petista em convidar o deputado Miro Teixeira (PROS) para seu candidato ao Senado. Além disso, o petista cogita buscar um espaço político para o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), fora da oposição a sua candidatura ao Palácio Guanabara em 2014.

Atrair Miro com apoio ao Senado seria uma forma de concentrar os palanques de PT, PMDB e PR para a presidente Dilma Rousseff. E diminuir o fracionamento dos votos estaduais aos candidatos ao governo estadual.
Miro afirma que não tem conversado com eventuais aliados depois de ter trocado o PDT pelo PROS para se lançar ao governo fluminense. Ele pode contar com o apoio de Marina Silva e Eduardo Campos para ter um palanque de peso no terceiro maior colégio eleitoral do país.
O deputado também estaria nos planos de Anthony Garotinho (PR), que também flerta com a possibilidade de tê-lo ao Senado. “Quando eu era jovem, ficava muito feliz em ser admirado pelas moças”, diz Miro, brincando com os supostos ‘noivados’ políticos.
Voto evangélico
Lindbergh também começa a traçar planos para tirar o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), da disputa eleitoral. Entre as opções em discussão com o presidente do PT, Rui Falcão, o senador tenta encontrar um espaço de peso para o ministro na articulação política da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff com os movimentos religiosos.
A avaliação é de que Crivella, que é sobrinho do líder da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, divide os votos do eleitorado evangélico com Anthony Garotinho (PR). Os evangélicos somariam 35% dos 12 milhões de votos no Rio, segundo avaliação interna do PT.
A atração de Crivella para o palanque de Lindbergh seria uma forma de atrair essa fatia de 4 milhões de votos religiosos. Para isso, colocar o posto de vice na chapa para o governo não é jogada descartada pelo PT do Rio. A segunda opção, contudo, é a última opção. A primeira é arrumar um lugar importante para Crivella na campanha de Dilma.
Briga com o PMDB
O PT do Rio vai decidir no dia 25 de novembro quando entregará os cargos mantidos no governo de Sérgio Cabral (PMDB). O ato marcará o fim da aliança com o PMDB, que pretende lançar o vice-governador Luiz Fernando Pezão à sucessão de Cabral.
Limite: Crivella comemora pesquisa de olho na rejeição
Os peemedebistas almoçaram na última quinta-feira com Rui Falcão no Palácio Guanabara. Depois do almoço, Falcão pontuou que “o dado da realidade é que há dois candidatos” apoiados pelo PT, em referência a Pezão e Lindbergh.
O presidente do PT esqueceu de mencionar Garotinho, com quem se encontrou um dia antes em Brasília para garantir espaço no palanque do líder PR para Dilma em 2014.