Rio - Mais de R$ 250 mil em mercadorias foi o prejuízo da loja virtual IndieShop — conhecida pela venda de presentes criativos —, que teve seu galpão saqueado por pessoas que estavam na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, na Penha, na tarde deste domingo.
A invasão ao imóvel onde funcionava o depósito da loja, localizado em frente ao Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC) Theóphilo de Souza Pinto, na Praça do Terço, causou tumulto. Para dispersar a multidão, a Polícia Militar usou até gás de pimenta.

Na hora do saque chovia muito. Sete suspeitos de participar — sendo três menores — foram pegos e detidos por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Nova Brasília. Os outros conseguiram fugir. Todos os produtos que estavam no depósito foram levados — além dos itens para venda, eles ainda levaram um ar condicionado split que foi arrancado da parede. A loja vai retirar o site da internet até conseguir refazer o estoque de venda.
Os policiais militares conseguiram recuperar alguns ventiladores sem hélice — que estavam à venda por R$ 299,90 cada um —, mas 210 unidades foram levadas, assim como 140 calculadoras, cinco videogames e centenas de bonecos e miudezas.
Em disputa
O delegado Carlos Eduardo de Araújo Rangel, adjunto da Central de Flagrantes que funcionava na 22ª DP (Penha), explicou que o galpão, que ocupa a área de um quarteirão na altura da Avenida Itaoca, pertencia a uma congregação religiosa, que briga na Justiça pela posse do imóvel.
Durante o período de disputa, um outro grupo assumiu o local e passou a alugar o espaço para diversas empresas que o utilizavam como depósito de mercadorias. A confusão começou quando homens, que seriam da igreja evangélica apareceram no local ontem e foram atacados por um segurança armado que chegou a efetuar disparos.
“A Polícia Militar foi chamada e pessoas que moram no local se aproveitaram do tumulto para praticar o saque à loja”, explicou o delegado Carlos Eduardo. Ele instaurou um inquérito de esbulho possessório e furto no interior de estabelecimento que será remetido à 45ª DP (Alemão). “Os policiais não souberam individualizar quem estava com o quê, por isso todos foram liberados”, disse o delegado.
?Reportagem: Roberta Trindade