
Rio - Luanderson Lima Sobrinho, de 12 anos, o jovem que morreu na quinta-feira, durante confronto entre policiais e traficantes nas favelas do Aço e Antares, em Santa Cruz, será sepultado neste sábado, às 12 horas, no Cemitério de Santa Cruz, na Zona Oeste. A família tenta com que a mãe do adolescente, que está presa em Bangu 7, possa estar presente no enterro.
Taciane Cristina Oliveira Lima está presa desde dezembro por matar o padastro do garoto. Responsável por Luanderson e suas três irmãs mais novas, Jaciane dos Santos, tia-avó dos jovens, afirmou ter falado com ele momentos da cirurgia.
"Conversei com o meu menino, disse que 'eu te amo pra ele'. Aí depois tudo aconteceu rápido demais, eu não sei como aconteceu. Ele era um menino bom, não fazia mal a ninguém", diz.
Segundo familiares que estiveram nesta sexta-feira no Hospital Municipal Pedro II, Luanderson estava brincando quando levou o tiro na perna. Ele, que cursava o 7º ano do Ensino Fundamental, deu entrada consciente na unidade de saúde.
De acordo com a Polícia Militar, a manifestação de quinta-feira começou quando homens do 27ºBPM prenderam três suspeitos na Favela de Antares. No momento em que eles eram encaminhados para a 36ªDP (Santa Cruz), foram surpreendidos a tiros por traficantes da comunidade do Aço. Um bandido e Luanderson acabaram sendo feridos.

Na manhã desta sexta-feira, a circulação dos BRTs Campo Grande x Santa Cruz e Paciência x Recreio foi normalizada. O serviço voltou a operar após mais de 15 horas interrompido devido a violenta manifestação na noite de quinta. A prefeitura iniciou os trabalhos para reabrir a estação de maneira provisória até que ela seja totalmente recuperada.
Reportagem de Paulo Maurício