Rio - Executado por pelo menos cerca de 14 tiros, no bairro K11, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na tarde desta quinta-feira, o diretor administrativo do Hospital Geral de Nova Iguaçu (Posse), Fernando de Oliveira Magalhães, de 52 anos, não teria recebido ameaças de morte. De acordo com o diretor geral da unidade, Joé Gonçalves Sestello, a vítima, que era considerada como "tranquila, religiosa, centrada e dedicada", não cometeu nenhuma irregularidade no hospital.

"É importante ressaltar que, como diretor administrativo, Fernando Magalhães nunca assinou qualquer processo ou atendeu fornecedores. Sua função no hospital era operacional. Ele cuidava do ponto dos funcionários, da limpeza da unidade, da manutenção, dos problemas estruturais nas instalações, da lâmpada queimada, falta d'água, entre outros. Estamos à disposição da polícia para colaborar com qualquer informação que leve aos culpados pelo crime. Fernando era um homem de bem, um grande amigo e profissional admirável", lembrou Joé.
Ao ser questionado sobre ataques antigos a diretores do hospital, como no caso do ex-diretor João Ricardo Piloto, que foi ferido em 1997, e um diretor administrativo, assinado em 2003, Joé preferiu não polemizar. "Esses registros de atentados têm mais de 15 anos, não tem relação com a atual gestão do hospital", completou.
Fernando de Oliveira Magalhães, que era casado com a médica Valéria Magalhães e deixou quatro filhos, foi enterrado nesta sexta-feira, no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu. Em cima do caixão, parentes e amigos o homenagearam com a bandeira do Fluminense, seu time de coração. A principal hipótese para o crime ainda continua sendo execução. A polícia está analisando as imagens das câmeras de segurança.