O amortecedor é um componente que está diretamente ligado à segurança do veículo. Além de ser a principal peça do sistema de suspensão, ele é o responsável por manter o contato permanente dos pneus com o solo, garantindo estabilidade ao automóvel e boa dirigibilidade ao motorista. Por isso, é importante ter atenção com a procedência do item. As peças recondicionadas, por exemplo, possuem preços atrativos, mas devem ser evitadas, já que não possuem os padrões de qualidade e especificações exigidos pelas fabricantes de veículos. Essa é uma das recomendações de ouro dos especialistas.
"As peças recondicionadas passam apenas por maquiagem, para que fiquem parecendo novas. Na maioria das vezes, os componentes são apenas lavados e pintados e voltam ao mercado com o mesmo problema de desgaste que fez com que eles fossem substituídos anteriormente", explica Juliano Caretta, coordenador de Treinamento Técnico da Monroe, líder na fabricação de amortecedores.
Outra prática comum, segundo o especialista, é substituir o óleo do amortecedor por um fluido diferente do especificado. "Isso compromete a performance, podendo causar sérios acidentes", alerta Caretta.
A indicação do coordenador da Monroe é que o consumidor escolha sempre peças homologados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e com certificação de garantia. Recomenda-se também guardar a nota fiscal. "O amortecedor é, em primeiro lugar, um dos principais itens de segurança do veículo. Somente a peça nova pode assegurar os padrões de qualidade exigidos pelas montadoras", diz.
Pensando assim, a designer Claudia Zisman Cohen decidiu comprar itens novos recentemente, depois que dois amortecedores quebraram. "Não posso colocar minha família em perigo. Gasta-se mais, mas problemas são evitados", diz ela.
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