Brasília - Os dois petistas considerados o Plano B do PT para a eleição presidencial estiveram ontem no acampamento que os aliados de Lula mantém em frente à sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente está preso. Seguindo a estratégia do partido, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, fizeram questão de reafirmar a candidatura do líder petista.
Wagner afirmou que seu plano é "L", de Lula. "Sempre conversei com o Lula e com os companheiros da direção nacional do partido, que qualquer discussão no âmbito do PT significa concordar com a tentativa de barra a candidatura do Lula. Então, eu entendo que não é hora de ficar construindo plano A, B, C ou D", disse.
"Algumas pesquisas dizem que qualquer candidato que ele disser 'esse é o meu candidato', consegue ficar com 25% ou 30% dos votos. A transmissão de votos não é algo tão simples assim", completou.
"O PT só aposta em Lula, não há outra discussão", garantiu Haddad, por sua vez, após se reunir com a cúpula petista. "A decisão está tomada. Dia 15 de agosto o partido vai registrar a candidatura do ex-presidente Lula, não há debate".
A vigília dos apoiadores de Lula em Curitiba, composta por militantes, sindicalistas e sem-terra, entre outros segmentos, incomoda a Polícia Federal. A PF divulgou nota na noite de ontem depois que o Sindicato dos Delegados pediu a transferência imediata do ex-presidente para "outro local", alegando que o funcionamento da unidade está prejudicado. As visitas a Lula foram adiadas de ontem para hoje, segundo a PF, por segurança.
Em frente à sede da PF, são muitas as visitas dos correligionários. Na noite de terça-feira, a apresentadora Bela Gil foi ao local e exaltou a "resistência das mulheres" que estavam acampadas ali.
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