Aécio NevesAFP/Sergio LIMA
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O deputado Osmar Serraglio (PP-PR) e o empresário Joesley Batista, da JBS, ajudaram a piorar o inferno astral vivido pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). O primeiro usou o plenário da Câmara para afirmar que sofreu pressões do tucano quando era ministro da Justiça na tentativa de emplacar um novo delegado da Polícia Federal de sua preferência na Lava Jato.

Já Joesley disse que pagou um "mensalinho" de R$ 50 mil ao senador por 16 meses, de 2015 a 2017, na forma de contratos de publicidade com a rádio Arco-Íris, repetidora da Jovem Pan da qual Aécio é sócio.

Segundo Joesley, o valor era utilizado para "custeio pessoal", sem ligação com campanhas. O senador diz que foram operações comerciais comuns.

O nome de Serraglio aparece em gravações de conversa entre Aécio e Joesley na qual o então ministro é chamado de "bosta do caralho". Para o deputado, essa é a comprovação de que ele se recusou a ceder às pressões do senador mineiro.

Aécio, na gravação, diz a Joesley que estava insatisfeito com Serraglio porque ele não controlava a PF e a Operação Lava Jato. A partir dessas conversas e de depoimentos da delação de executivos da JBS, o Supremo Tribunal Federal aceitou a denúncia contra Aécio esta semana por tentativa de obstrução à Justiça. A denúncia por corrupção foi consequência do recebimento de R$ 2 milhões do empresário por parte do tucano.

"Pressões semelhantes advieram do senador Renan Calheiros, ex-presidente do Congresso, multi-investigado pela PF", continuou o deputado em plenário. Renan negou.

 

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