Rio - Com a Reforma da Previdência "estacionada" no Congresso por conta da intervenção federal na Segurança do Rio - que não permite emendas à Constituição, como a PEC 287 -, especialistas orientam a quem vai entrar no mercado de trabalho, ou já cumpre o tempo de serviço, a se planejar para garantir uma aposentadoria mais tranquila no futuro e manter o padrão de vida. Entre as alternativas para dar um "reforço no caixa" lá na frente estão investimentos como poupança, que rendeu 6,6% no ano passado, Tesouro Direto, que tem como base a Taxa Básica de Juros (6,5%) e plano de previdência privada, que oferece faixas de aplicação a partir de R$100. Para quem quer ter uma renda extra de R$ 5 mil, o ideal, segundo a Touareg Seguros, é aplicar R$400 por mês.
Mas por que o planejamento é tão importante? Para Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira, diante da possibilidade da aprovação da reforma - mesmo que seja pelo próximo presidente da República-, se preparar para ter aposentadoria tranquila é mais do que uma alternativa à conjuntura desfavorável, é uma necessidade para os trabalhadores.
"A aposentadoria pelo INSS é muito importante para os brasileiros e um direito do trabalhador. Entretanto, o valor não é suficiente para manter o padrão e a qualidade de vida", alerta Domingos. E complementa: "A consequência disso é a permanência de muitos aposentados no mercado de trabalho para complementar a renda. E, ao que tudo indica, os trabalhadores se aposentarão cada vez mais tarde, por conta do crescimento da expectativa de vida do brasileiro".
E uma pesquisa divulgada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) reforça a necessidade de planejamento. O levantamento indica que o brasileiro anda meio desligado no que diz respeito ao futuro. De acordo com o documento, oito em cada dez cidadãos (78%) admitem que não estão se preparando para a hora de se aposentar, enquanto apenas 19% dos não-aposentados têm se planejado, percentual que aumenta para 25% entre os homens, 26% entre os mais velhos e 30% nas classes A e B.
A pesquisa identificou ainda os meios mais comuns usados para se preparar de olha na aposentadoria: aplicação em poupança (39%), contribuição previdenciária paga pela empresa (30%) e INSS pago por conta própria (23%).
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