Rio - O consumidor que está no vermelho e quer negociar suas dívidas tem opções para "desapertar o cinto". Uma delas é a portabilidade de crédito, ou seja, a troca da dívida de um banco para outro com taxas de juros menores. A outra possibilidade é aproveitar a força-tarefa criada pela Secretaria Nacional do Consumidor, que permite fazer a negociação direto com o credor pela internet.
E com a taxa básica de juros em queda (atualmente está em 6,5% ao ano), o cliente deve procurar outras instituições que "comprem" a dívida a juros menores. Somente em abril deste ano 276 mil consumidores migraram para outras instituições, no ano passado esse número chegou a 155 mil, ou seja, 77,7% mais trocaram seus débitos, conforme o Banco Central.
Dívida que pode ser trocada
Mas qual tipo de operação pode entrar na portabilidade? Segundo informações do Itaú Unibanco, as dívidas de crédito pessoal, como cartão e cheque especial, e crédito consignado, por exemplo.
O DIA listou quatro bancos e os juros das modalidades de cartão de crédito rotativo e cheque especial. No Banco do Brasil, por exemplo, a taxa do cartão rotativo está em 9,92% ao mês, seguido do Itaú Unibanco com 10,13% ao mês. A Caixa cobra 10,76% ao mês e o Santander, com 11,26%, uma das mais altas, segundo o BC.
Já no cheque especial, os juros são maiores. No Itaú, estão em 12,24% ao mês, sendo seguido por Caixa (12,42%), Banco do Brasil (12,51%) e Santander (14,69%).
Um ponto destacado pela professora Luciana Machado, coordenadora dos cursos de graduação em Administração, Processos Gerenciais e Gestão Financeira da Faculdade Fipecafi, o consumidor tem que avaliar o peso da parcela no orçamento ao negociar a dívida.
"É importante refletir sobre o que causa a dificuldade de pagamento da dívida. Se a parcela estiver 'pesando no bolso', um banco que ofereça maior prazo de pagamento, mesmo com as mesmas taxas, pode ser boa opção", aponta.
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