Rio - De um lado, a boa fase. Do outro, a crise. Flamengo e Vasco fazem, às 19h, no Maracanã, o Clássico dos Milhões... de contrastes. Enquanto o Rubro-Negro lidera o Brasileiro e está nas fases seguintes da Libertadores e da Copa do Brasil, o Cruzmaltino amarga a eliminação na competição continental, está muito ameaçado na Copa do Brasil (perdeu por 3 a 0 para o Bahia o jogo de ida das oitavas) e precisa se reabilitar no Nacional (vem de derrota por 3 a 2 para o Vitória).
Apesar do bom momento, nem tudo é tranquilidade no Flamengo, que não terá Juan lesionado, o zagueiro dará lugar a Léo Duarte. Apesar do bom retrospecto de Mauricio Barbieri (seis vitórias, quatro empates e uma derrota), os questionamentos ao trabalho do técnico interino são constantes. Mas não abalam Henrique Dourado.
"Queremos manter o ambiente agradável de vitórias. Nosso elenco está muito preparado", disse o atacante, que, nesta temporada, fez oito gols, dois deles no Brasileiro, e um em clássicos, diante do Botafogo. Dourado conta com o apoio da torcida para aumentar sua marca. "É o nosso combustível, o 12º jogador. Quando temos a torcida do nosso lado é quando o atleta tira o algo a mais. Têm sido fundamental."
No Vasco, um triunfo pode ser encarado como divisor de águas. Afinal, além do conturbado momento político e da má fase em campo, o time não derrota o arquirrival há dois anos. A última vitória foi em 24 de abril de 2016, por 2 a 0, pela semifinal do Campeonato Carioca. Desde então, são quatro empates e duas derrotas. O jejum não incomoda o lateral direito Yago Pikachu.
"O Flamengo vai querer pressionar, sabe que não passamos por um bom momento, mas assim que o juiz apitar temos de estar tranquilos para fazer o que temos treinado", frisa Pikachu, acrescentando que o duelo de hoje é o ideal para o Vasco renascer na temporada.
"Será bom o clássico agora, até pelo fato de a nossa equipe não viver um bom momento. Nada melhor do que jogar um clássico, Maracanã lotado. Uma vitória nos dará mais confiança", avalia Pikachu.
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