Pedro superou a desconfiança e foi um dos nomes da conquista invicta do returnoLucas Merçon/Fluminense
Por MARCELO BERTOLDO
Publicado 27/03/2018 08:00

Rio - O coro que embalou a vitoriosa passagem de Fred pelo Fluminense foi herdado pelo pupilo: 'O Pedro vai te pegar'. A decisiva atuação na conquista da Taça Rio, com direito a gol e assistência na vitória de 3 a 0 sobre o Botafogo, rendeu a homenagem ao camisa 32, que assumiu, sem medo, o desafio de substituir Henrique Dourado, artilheiro do Brasileiro de 2017, com 18 gols. E é balançando as redes adversárias que Pedro renova a esperança tricolor, deixando a desconfiança cada vez mais para trás.

"A responsabilidade de vestir a camisa do Fluminense é gigante. E substituir os dois últimos artilheiros só aumenta o peso de ser o centroavante titular. Mas eu sempre me preparei para isso. Graças a Deus as coisas têm dado certo e espero que continuem assim até o fim do ano", disse Pedro.

A realização do sonho de infância é o combustível do atacante, de 20 anos. Ambicioso, Pedro não se abateu com o período de críticas. Blindado pelo técnico Abel Braga, teve respaldo para assumir a mais difícil função no esquema tricolor, segundo o próprio Abel. Com muito foco e disciplina, Pedro trabalhou duro, colocando em prática os ensinamentos do ídolo Fred e os conselhos do amigo, mas, hoje, adversário Henrique Dourado, do Flamengo.

"O torcedor é soberano e se acostumou com grandes centroavantes na história do clube. Por isso, eu repito: me preparei muito para esse momento e não quero deixar passar a oportunidade. Estou pronto para ser titular. Entendo o torcedor e quero trabalhar para dar alegria a ele ao Fluminense", destacou Pedro.

Aposta mantida

Com seis gols no Carioca, Pedro e Marcos Junior empataram com Pipico, do Macaé, na artilharia do campeonato. Com a chance de se isolar, a dupla garante que não haverá um duelo particular pelo posto. No entanto, o 'acordo' com Marcos Junior, que paga um bicho para cada assistência.

Bem-humorado, Pedro está com crédito após o passe de peito para o amigo no clássico de domingo. "Isso é coisa nossa (risos). Bom que está dando certo. Vamos continuar tentando acertar e fazer o Flu vitorioso", ressaltou Pedro.

Heróis, Marcos Junior e Júlio César comemoram
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Marcos Junior é um dos símbolos da garra e da aplicação demonstradas pelo Fluminense na conquista da Taça Rio. A boa fase é traduzida em gols, seis no Carioca. Com contrato até dezembro, o atacante aproveitou o momento positivo para 'cobrar' a prorrogação do vínculo com o clube de coração.
"O Fluminense é minha vida. Desde a base, aprendi a ter esse sentimento pelo clube. Cada ano que vai passando esse sentimento só vai aumentando. Meu contrato já está acabando, espero que o Fluminense resolva logo isso aí para eu ficar (risos)", disse o atacante tricolor.
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O goleiro Júlio César é outro símbolo de superação no grupo. Após a dispensa do ídolo Diego Cavalieri, ele sofreu para conquistar o torcedor. No lugar de vaias, aplausos. Com uma atuação de gala no clássico diante do Botafogo, o goleiro foi um dos jogadores mais celebrados pelo torcedor.
"Este ano aconteceram essas mudanças no grupo, incluindo a saída do Diego Cavalieri e eu assumi a titularidade. Sabendo da importância e da grandeza que o Fluminense tem", disse Júlio César, em entrevista ao 'SporTV'.
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O goleiro destacou o diferencial para buscar o título carioca: "É um grupo que não tem um craque que tira três ou quatro jogadores da frente, que faz o diferencial, mas é unido. De mãos dadas se consegue fazer coisas grandes e vencer grandes jogos".

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