João BaptistaDivulgação
Por O Dia

Rio - Especula-se muito a propósito do maior certame de beleza do Planeta ser realizado este ano no Rio de Janeiro. Neste ponto, a cidade, recentemente eleita pela UNESCO a Primeira Capital Mundial da Arquitetura, somaria mais uma cerimônia ao seu portentoso rol de manifestações de grande alcance. Estamos falando do concurso Miss Universo, terceiro evento mais assistido no Planeta, por cerca de um bilhão de espectadores. Neste cenário, o Rio sediou o maior deles: os Jogos Olímpicos e exibiria o seu vigor para sediar grandes congressos e eventos de toda ordem. A visibilidade seria extraordinária. Então, o apoio institucional da Prefeitura da cidade se faz urgente. Calma! Nenhum dinheiro público seria gasto com o concurso e o retorno/visibilidade digno de fabuloso registro.

Nossa representante, Julia Horta, mineira de Juiz de Fora, eleita com todos os méritos, terá a incumbência de representar a mulher brasileira. Recebeu o cetro e a coroa, mas, muita gente nem soube. A organização do evento peca pela falta de divulgação para um concurso que nos anos cinquenta e sessenta “parava o país” e, acredite se quiser, era transmitido por diversas rádios de grande audiência. (Pausa: imagina um concurso de beleza sendo apenas irradiado. E as rádios contavam com aficionados seguidores querendo saber de todos os detalhes). Mayrink Veiga e outras já calaram seus microfones. Mas, Tupi, Globo, Nacional continuam no ar para confirmar esta assertiva. O concurso deste 2019 aconteceu no primeiro sábado de março em Campos do Jordão. Na verdade, nunca o certame foi realizado tão cedo. Dizem que, atualmente, a conferir, a fluência verbal conta metade dos pontos, daí a pressa, a antecedência e quase cruzando com o carnaval. Mas, neste quesito, a candidata brasileira terá tempo para preparar o seu inglês. Será? Estudar uma língua é uma tarefa árdua.

O concurso, ao nível interno, precisa de várias mexidas, digamos assim. Não é possível que uma festa tupiniquim seja embalada por músicas estrangeiras. Todas as misses desfilaram ao som de canções alienígenas. Cadê a brasilidade quando cada estado se apresentava “nesta festa de alegria e esplendor”, como no hino composto por Lourival Faissal e eternizado por Ellen de Lima? Mesmo o extinto desfile em traje típico precisa voltar a abrilhantar a noite da beleza porque dá um toque nacional (e continua acontecendo off no Miss Universo), afora até mesmo os de Miss Fotogenia e Miss Simpatia, na medida em que conferem charme e um toque muito específico aos certames.

No mais, resta torcer para que a preparação de Miss Minas Gerais, alçada ao patamar mais alto da beleza do Brasil, Julia Horta, a mais nova Miss Brasil esteja acontecendo com júbilo, inteligência e talento.

João Baptista Ferreira de Mello é coordenador dos Roteiros Geográficos do Rio – UERJ.

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