Pecado Capital, do Garage Burguer, é a sensação da Zona OesteAlexandre Brum
Por WILSON AQUINO
Publicado 11/03/2018 03:00

Rio - Com certeza, os fracos de estômago irão tremer diante do monumento de 25 centímetros de altura e um quilo. Até mesmo os fígados mais resistentes hesitarão frente ao monstro de 25 centímetros de diâmetro, recheado com cerca de dois quilos dos mais variados - e gordurosos - ingredientes. Porém, aqueles que aceitarem o desafio poderão ficar cara a cara com os gigantes da gastronomia de rua do Rio na 1ª Feira Nacional do Podrão, no próximo fim de semana, na Tijuca. A estimativa é que o evento atraia, pelo menos, cinco mil bocas sedentas por uma mordida em uma dessas delícias.

O evento foi organizado pela cientista social Natália Alves, 27 anos, e a fonoaudióloga Suzanne Malta, 37, do blog 'Onde comer no Rio'. "Vai ter barraca de X-Tudo, cachorro-quente, açaí, acarajé, churrasquinho no espeto, salgadinho de festa no copo, churros, pastel com refil de caldo de cana, caldos, sopas e batata frita de Marechal Hermes", contou Natália, reconhecendo que o termo podrão até pode assustar quem não vive no Rio. "Mas o carioca está acostumado. Podrão é a forma carinhosa de se referir à comida. Ninguém nasceu comendo hambúrguer gourmet. Temos que valorizar essa comida e não tem porque esconder o nome podrão".

Entre as sensações do evento, o gigantesco cachorro-quente 'Colosso' e o titânico X-Tudo 'Tenebroso', obras dos irmãos Thiago e Francisco Fonseca, da barraca Bebezões, em Rio das Pedras. Eles montaram o negócio há dois anos, quando estavam desempregados, oferecendo sanduíches convencionais. No entanto, um sonho mudou os rumos do trabalho. "Meu irmão sonhou que tinha sido engolido por um hambúrguer gigante", disse Thiago. A partir dai, eles investiram nos mega podrões. "Um amigo lançou um desafio: quem comer o Colosso ou Tenebroso sozinho, ele paga R$ 100, mas até agora ninguém aceitou", destacou Thiago.

A feira será no sábado e domingo, na Rua Morais e Silva 94, na Tijuca. A entrada é franca.

Em Campo Grande, um megapodrão
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Chef defende incentivo com fiscalização
Para o chef e consultor gastronômico Eduardo Jacobson a chamada 'baixa gastronomia', comidas gostosas que fogem dos padrões convencionais da culinária profissional, onde se encaixa o podrão, deveria ser mais incentivada no Rio. Especialista em gastronomia asiática, Jacobson afirma que no Sudeste da Ásia, a comida de rua é muito forte. "Faz parte do dia a dia do cidadão parar numa barraquinha, tomar uma sopa, um macarrão. Acho isso bacana", disse, destacando a importância da fiscalização da higiene e segurança alimentar.
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