Criminoso foi preso após ser baleado na porta do Salgado FilhoReprodução
Por RAFAEL NASCIMENTO
Publicado 30/04/2018 10:54 | Atualizado 30/04/2018 11:15

Rio - Perseguição e tiroteio pelas ruas do grande Méier, na Zona Norte, na noite deste domingo, deixaram em pânico moradores e quem passava pela região. A ação, que começou às 21h30, terminou com um bandido baleado e preso em frente ao Hospital Salgado Filho, no Méier, onde também houve confronto.

A perseguição começou quando PMs, em patrulhamento, viram dois suspeitos em uma moto roubada andando na contramão. Os criminosos não atenderam a ordem de parar dada pelos policiais e iniciou-se a perseguição, que se estendeu por dois quilômetros. Matheus dos Santos Pereira, de 19 anos, foi baleado no braço. Ele estava na garupa da moto, foi preso e atendido no Salgado Filho. Com ele foi apreendida uma pistola. O outro bandido conseguiu fugir. A moto foi recuperada.

Um morador de rua, que vive próximo ao hospital, contou os momentos de desespero. "Foi muito tiro. Saí correndo desesperado, me joguei no chão para me proteger dos tiros", disse o homem, que não se identificou.

Moto usada pelos criminososDivulgação

Dono de uma loja de artigos religiosos há 14 anos, no Méier, próximo ao Hospital Salgado Filho, Joel Luiz Cossich, de 55 anos, reclamou da violência no bairro. "O negócio está tão feio aqui que a gente só está apelando para o santo, mas é importante lembrar que só ele não ajuda. O poder público tem que fazer alguma coisa porque os santos estão sobrecarregados", avisou ele. "Não ando mais a pé. Está tão absurdo, que assaltam na rua do batalhão (3º BPM, responsável pelo policiamento da área)", completou Joel.

O aposentado Luiz Carlos Fonseca, de 84, revelou que não tem mais esperança por dias de paz. "Com a minha idade, não tenho mais esperança de melhora. Ultimamente, a gente não pode sair para lugar nenhum nessa cidade. Tenho medo de sair de casa e tomar uma bala perdida", reclamou ele.

A moto usada pelos criminosos teria sido roubada na Rua José Bonifácio, no Méier. Lá, há vários imóveis com placas de 'vende-se'. Morador do local, o músico Celino Batista, de 63, contou que são inúmeros os assaltos na área.

"Todo dia tem assalto. Não tenho mais palavra para definir o que está acontecendo no Méier. Só vou à padaria e ao boteco. Da minha varanda, já vi vários assaltos", contou ele, que já traçou uma estratégia para não ser alvo dos bandidos.

"Não fico mais parado no ponto de ônibus porque os bandidos passam de moto e assaltam os passageiros. Fico esperando do outro lado da rua e, quando o ônibus passa, atravesso e entro", disse ele. 

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