Evento vai relembrar os 13 anos dos assassinatos. Caminhada terá concentração na Via Dutra, em Nova IguaçuDivulgação
Por O Dia
Publicado 25/03/2018 03:00 | Atualizado 25/03/2018 16:47

Rio - Foram 29 vítimas, 29 inocentes, mortos na maior chacina da Baixada Fluminense. A tragédia está completando 13 anos e a caminhada em memória das vítimas, que acontece todos os anos, será no próximo sábado.

Não tem um dia que Luciene Silva, 52, não pense no filho Raphael Silva Couto. O menino de 17 anos foi a primeira vítima da chacina. Depois dele, 28 pessoas foram mortas. "Cada dia a saudade aumenta e com ela a vontade de lutar por justiça e paz. Prometi à ele que, enquanto estiver viva, todo mundo vai saber o que aconteceu".

Silvânia Azevedo dos Santos, 38, acredita que se teve alguma justiça foi pela repercussão do caso. Ela é irmã de Renato Azevedo, que tinha 30 anos, e foi morto quando estava fechando o seu lava a jato. "Se não fosse nossa garra, acho que não teria nem julgamento. Sou a única dos dez irmãos que continuou a luta".

"Essa barbárie não pode ser esquecida. Seria como potencializar a violência", disse o coordenador do Fórum Grita Baixada, Adriano de Araújo.

Para Yolanda Florentino, do Centro de Direitos Humanos da Baixada, o objetivo é trazer esse direito à justiça. "É o grito de uma realidade que é cotidiano na Baixada".

A concentração será na Via Dutra, no bairro Esplanada, em Nova Iguaçu, próximo ao viaduto da Barros Júnior, às 9h.

Relembre o caso

Na noite de 31 de março de 2005, cinco PMs à paisana mataram 29 pessoas. Os assassinatos foram um ato de vingança dos policiais devido ao endurecimento das normas impostas após uma troca de comando no Batalhão de Duque de Caxias. As 17 vítimas assassinadas em Nova Iguaçu e as 12 de Queimados foram executadas aleatoriamente. Os policiais foram condenados entre 2006 e 2009.

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