Segundo o INCA, casos de câncer de pele não melanoma é de quase 90 mil neste ano Reprodução de Internet
Por O Dia

Com o fim do verão, acabou também aquela preocupação de usar filtro solar e óculos escuros todos os dias. E é justamente aí que está o perigo. Especialistas alertam que essa rotina deve se tornar um hábito em todas as estações do ano. Mesmo no outono ou no inverno, o corpo continua exposto aos raios ultravioletas, tão prejudiciais para os olhos como para a pele. Para se ter uma ideia da necessidade dessa proteção, a estimativa do INCA para os casos de câncer de pele não melanoma é de quase 90 mil para homens e mulheres neste ano.

"Os filtros solares de hoje protegem tanto dos raios UVA como UVB, que podem causar câncer de pele e foto envelhecimento", esclarece o dermatologista Murilo Drummond. Para ele, aplicar o protetor apenas no início do dia pode ser considerado suficiente para pessoas que trabalham em ambientes fechados e que se desloquem pouco até a rua. Mas ele reforça que uma reaplicação na metade do dia é o ideal.

APLICAÇÃO

É importante que a aplicação do produto seja feita no corpo inteiro, já que os raios ultravioletas também passam pela roupa exceto aquelas especiais com proteção UV. Mas não precisa exagerar. O especialista ensina que a quantidade indicada do protetor solar é uma colher de chá cheia para o rosto e duas colheres de sobremesa para o corpo. 

Para José Ottaiano, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o uso de óculos escuros com filtro ultravioleta nas lentes deve ser constante. "Ao colocar óculos escuros, as pupilas tendem a sofrer dilatação como um mecanismo de reflexo à redução da luz. Assim, se os óculos não tiverem a proteção ultravioleta, uma maior quantidade de raios UV passaria para dentro dos olhos", diz.

EXPOSIÇÃO

A exposição às radiações solares pode acelerar ainda o aparecimento de doenças oculares, como catarata e alterações na retina. É o caso da degeneração macular, por exemplo, que prejudica a qualidade da visão central. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 16 milhões dos casos de catarata ao ano são decorrentes dos efeitos dos raios ultravioletas.

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