Publicado 27/09/2021 16:27
Até 2033, Angra dos Reis deverá ter 99% da água e 90% do esgoto tratados, de acordo com o novo Marco Regulatório do Saneamento Básico brasileiro. O prazo para apresentar o cronograma de trabalho para que esses números sejam atingidos é março de 2022. Caso isso não aconteça, a cidade vai perder o repasse de verbas federais.
Um dos entraves para que o projeto de Angra seja elaborado é a definição sobre o futuro da Cedae no município. O governo do estado pretende incluir a cidade em um lote leiloado à iniciativa privada que não teve interessados, mas o prefeito, Fernando Jordão, sinalizou ao governador Cláudio castro que Angra não vai aderir ao projeto estadual.
Desde o início do processo de concessão, a prefeitura de Angra tem optado por uma gestão independente. Atualmente, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Angra (Saae), atende cerca de 75% da cidade. A Cedae faz a distribuição de água de apenas 25% do território, com destaque para a região central.
Segundo Felipe Larrosa, presidente do Saae/Angra, a questão foi levada à Justiça para que a Cedae passe toda a gestão de água e esgoto para o Saae, uma vez que não haveria sequer um contrato válido entre o município e a companhia estadual que garanta sua atuação na cidade.
- Uma consultoria foi contratada para elaborar o estudo sobre a concessão municipal que deverá ficar pronto até dezembro. E esse estudo será realizado como se apenas uma operadora de água e esgoto operasse na cidade, tamanha a nossa confiança -, afirmou Larrosa.
O presidente do Saae acredita que a cessão da Cedae para o município é um caminho sem volta, mas enquanto uma decisão definitiva não é anunciada, a autarquia segue operando suas estações e investindo em obras menores.
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