
O modelo em questão é o 1.6 SL CVT, topo de linha, que com a cor prata custa R$ 60.140. Espanta o valor que um compacto pode atingir no Brasil, pois mesmo com o incremento da confortável transmissão, além da lista de equipamentos, a conta não fecha. O motor associado é o conhecido 1.6 flex de 111 cv e 15,1 kgfm de torque.

Não há nada mal acabado ou com rebarbas aparentes, mas é tudo muito básico, sem sofisticação alguma, mesmo se tratando da melhor das versões. O painel em geral, quadro de instrumentos e desenho da alavanca de câmbio são todos bem simples. O ar-condicionado e a central multimídia são mais dignos de algum charme. Os botões dos vidros na porta do motorista, as saídas de ar, os bancos, também não apresentam graça.
Resta ao March SL CVT defender seu alto preço em movimento. Aqui estão os trunfos do pequeno. Testado somente no ambiente urbano, proporciona uma direção tranquila dada sua boa posição de dirigir mais o casamento agradável de motor e câmbio. Apostamos ser o seu maior valor, uma vez que no segmento encontramos soluções acochambradas para poupar o motorista da embreagem. A direção leve — esta elétrica progressiva — também contribui para o bem estar na experiência de dirigir o modelo fabricando em Resende.

Na prática, um carro ágil, com potência e desempenho sob medida, seguro nas curvas, e que não cansa ou aborrece o motorista. O isolamento acústico do hatch também é ponto favorável, neutralizando bem o que há de barulheira fora. O sistema de suspensão é regular, com margem para melhora quando o assunto é absorver irregularidades do piso. Um detalhe em particular para compartilhar: o ar-condicionado é muito eficiente, em meio ao forte calor do Rio até no primeiro nível de ventilação ele dá conta de climatizar o ambiente.