Por luana.benedito

Rio - Fiat Uno é um produto que merece respeito, tamanha sua longevidade. É o carro de muita gente no Brasil. Entretanto, o modelo de 2017 já não é tão simples como nas primeiras gerações. Tecnológico, está tornando mais acessível equipamentos dignos de carros sofisticados, como sistema liga/desliga para paradas breves, além de recursos de segurança como controle de estabilidade, que inclusive não está presente ainda em qualquer carro de categoria superior. O compacto mostra um bom exemplo de evolução ao longo dos anos, pois melhora gradativamente de acordo com a demanda do mercado.

Com etanol%2C veículo faz 9%2C3 km/l na cidade e 10%2C1 km/l na estrada. Com gasolina%2C chega a 13%2C2 e 13%2C7 km/lDivulgação

Por uma semana, passeamos com a versão Way 1.3 Firefly, cujo motor quatro cilindros é estreante desta linha 2017. Ao preço inicial de R$ 58.477 (R$ 52 mil, mais R$ 1.547 da cor ‘Verde Amazon’ e R$ 4.940 dos opcionais), este Uno até tem muito a oferecer. Mas ainda esbarra na ‘regra’ do preço dos carros no Brasil que não vale o que se leva. O propulsor flex citado entrega 101/109 cv de potência e 13,7/14,2 kgfm de torque (gasolina/etanol). O câmbio associado é o automatizado Dualogic. Dentro do programa de etiquetagem veicular do Inmetro, obteve um duplo ‘A’ (categoria e geral), marcando com etanol 9,3 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada. Com gasolina, os números chegam a 13,2 e 13,7 km/l, respectivamente.

A lista de equipamentos do modelo é interessante. O Uno Way tem direção elétrica com função City (explicada ao lado), sistema liga/desliga para paradas breves, assistente de partida em rampa, borboletas no volante para troca de marcha, tela LCD para o computador de bordo no quadro de instrumentos, volante multifuncional, além de importantes itens de segurança, como controles de tração e estabilidade (TCS e ESC) e o ASR, que impede as rodas de patinarem em frenagens em pisos molhados ou escorregadios. Um revés grande: não háuma central multimídia de série em nenhuma versão do Uno — há ou um rádio simples ou um com Bluetooth para o seu smartphone.
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MODERNINHO
 Uno tem certa graça nos seus desenhos. No interior, vemos um acabamento ‘descolado’ feito de plásticos simples, com algumas formas bacanas. O painel se destaca pelo quadro de instrumentos com a tela LCD, e ainda pelo câmbio automatizado, operado por um console de botões no lugar da alavanca. O comando do ar-condicionado é simples, os bancos têm forração adequada e o volante que parece desproporcional, um pouco grande para as dimensões do carro. Mas é o rádio o grande vilão desta evolução do Uno, ainda mais numa versão de quase R$ 60 mil.
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Dada a partida, as boas impressões vem logo no primeiro instante. A função ‘City’, ativada por botão no painel, torna a direção elétrica ainda mais leve, um grande facilitador na hora das manobras, muito bom recurso. Ainda nas impressões iniciais, o Uno Way tem comandos à mão, respeitando o bom da ergonomia. A posição de dirigir é correta.
Em movimento, o Uno entrega sua concepção urbana. Desempenho e conforto estão dentro do ideal para se mover na cidade. Não há percepção de performance nem com o carro vazio, o compacto acelera o suficiente para se mover de forma civilizada. Na rotina diária da cidade, apresenta bom isolamento acústico e sistema de suspensão sem margem para fazer algumas curvas com certa ousadia. Entretanto, cuida bem de manter a harmonia na cabine. O detalhe do descansa-braço (item opcional) é um bom aliado para evitar a fadiga de horas ao volante. Quando para em um sinal, por exemplo, o sistema liga/desliga lembra que estamos a bordo de um carro moderno. É um automóvel para andar manso, chegar onde se deseja sem espetáculo.
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Sobre consumo, nosso convívio de uma semana com o carro, restrito somente ao ambiente urbano, gerou uma média de 11,3 km/l, abastecido com gasolina.


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