Rio - O Chevrolet Tracker 2017 traz boa uma repaginada de meia vida, termo usado quando o carro passa por uma atualização visual e, no caso do SUV, também na mecânica. O utilitário não emplacou na sua primeira tentativa, mas agora se reapresenta para a missão com um trunfo interessante: o motor 1.4 turbo de 153 cv. A atualização visual é mais acentuada na dianteira, com grade e faróis novos, com LED diurnos, elemento presente nas lanternas.
Um carro que era só participante no segmento evoluiu e hoje proporciona um considerável prazer em dirigir. O utilitário urbano orquestrado pelo 1.4 turbo e câmbio automático de seis marchas é ágil, tem bom desempenho e dirigibilidade, se tornando equilibrado. Sua posição de dirigir é agradável, o que contribui para as boas sensações ao volante. Revés na experiência de direção: não há borboletas para troca de marcha, aquele botão na manopla que a Chevrolet insiste em manter não emplaca. Até o Fiat Uno tem o recurso.
Parâmetros de suspensão e direção contribuem para o bem estar ambiente e fornecem a segurança necessária para conversões, as que exigem mais do utilitário. É um carro ‘na mão’. Para quem atribui valor maior ao habitáculo, a versão testada trazia um ambiente agradável, com bancos em dois tons, descansa-braço para o motorista e painel bem acabado, funcional, mas sem luxo.
O ar-condicionado é básico, nada de digital. E o freio de mão é alavanca, nada de botão eletrônico, elementos presentes na concorrência. Quadro de instrumentos também passa longe do que é contemporâneo, há uma tela digital monocromática onde estão as informações de bordo, mas já é possível ver interfaces melhores na faixa de preço do Tracker LTZ, que segundo o configurador do site parte de R$ 90 mil.
O Tracker LTZ vem bem equipado, dotado de recursos interessantes como direção elétrica, chave presencial, partida por botão, teto solar elétrico, rack de teto, central multimídia com câmera de ré, Android Auto e Apple CarPlay (mas sem navegação), sistema liga/desliga do motor para paradas breves, alertas de ponto cego e movimentação traseira, tapetes em carpete, entre outros. O único pacote de opcionais, de R$ 3 mil, adiciona airbags laterais e de cortina.
CONSUMO
De acordo com o programa brasileiro de etiquetagem veicular, o Tracker LTZ consome, com etanol, 7,3 km/l na cidade e 8,2 km/l na estrada. Com gasolina, os números são, respectivamente, 10,6 e 11,7 km/l. O SUV é qualificado com nota A na categoria e C no geral. Nossa avaliação de uma semana, predominantemente urbana, registrou uma média no computador de bordo na casa dos 10 km/l.
O Tracker repaginado entra em campo de batalha com concorrentes pesados, os principais no segmento são o Honda HR-V, o Jeep Renegade e o Nissan Kicks, trio que tem como característica comum produtos muito bem acabados e com gama muito equilibrada, opções atraentes de fato. Vale ressaltar a introdução recente do Hyundai Creta no segmento, que mal chegou e já vendeu no ano mais que o dobro do Chevrolet. O evoluído utilitário compacto da gravata dourada terá pela frente uma missão inglória.
Onstar
O Tracker 2017 está equipado com o serviço de assistência pessoal OnStar na versão Diagnóstico Avançado, função que informa por meio do aplicativo ou do portal web do serviço se há alguma anormalidade com os principais sistemas do veículo.
O Diagnóstico Avançado OnStar realiza uma checagem básica do veículo com um simples toque de botão. Quando detectada qualquer irregularidade, uma mensagem é enviada para o smartphone do proprietário. O cliente poderá entrar em contato com o centro de atendimento do serviço para mais informações ou agendar os serviços na concessionária diretamente pelo app ou pelo portal web.
Essa função complementa os serviços já oferecidos pelo OnStar nos produtos Chevrolet, como os de emergência, segurança, proteção patrimonial, concierge e navegação.
