Por leandro.eiro

Barueri (SP) - Em sua primeira atualização, três anos após o lançamento, o Up! continua sendo um ótimo carro na pista. A Volkswagen investiu na parte externa e também no interior. O subcompacto recebeu novos para-choques, faróis, lanternas, painel de instrumentos, volante e sistema multimídia colorido, com computador de bordo e GPS pelo celular. Na versão Conncet, pelo preço de R$ 54.900, a mudança deveria ser bem mais significativa.

Série especial connect reúne elementos exclusivos a partir da versão MoveLucas Cardoso / Agência O DIA

O volante, com base reta e controles multimídia — importado do Golf —, combinado com a direção com assistência eletrônica e o câmbio manual de cinco marchas, já conhecido da montadora, aprimoraram a dirigibilidade, que já era agradável. A convite da Volks, o fez um teste, rodando 40 quilômetros com a versão Connect do novo Up!, que tem a mesma mecânica dos modelos passados. Mas isso está longe de ser um ponto negativo, pois o motor 1.0 de três cilindros TSI, com 105 cavalos de potência, velocidade máxima de 184 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos continua sendo um ‘foguetinho’. Suas respostas rápidas em retomadas comprovam que o torque, tamanho e peso continuam sendo a carta da manga do hatch na categoria.

Aparentemente ajustado, o controle de tração do Up! não atrapalha mais em algumas situações, como mudanças de faixa, que exigem uma aceleração repentina. Ao volante, rodando de maneira silenciosa em quinta marcha, você quase esquece que existem outras opções com valores inferiores no mercado, como o Peugeot 208 Allure, por exemplo.

Sistema 'Composition Phone' utiliza o smartphone para exibir informações do veículoLucas Cardoso / Agência O DIA

A sensação que fica é a já constatada de que o carrinho é divertido de dirigir, não faltando fôlego em quase nenhuma situação. Com o sistema multimídia Maps + More e o suporte para celular, a ausência de um sistema de navegação é menos sentida. Há, inclusive, opção de acompanhar detalhes do desempenho do carro, transformando o smartphone em uma extensão do computador do carro.

No painel de instrumentos, importado do Fusca, letras maiores de cor branca facilitam a leitura. Sem contar que o novo cluster combinou muito com o Up!. O LED em toda a extensão do painel também dá um toque refinado ao subcompacto. Uma falha sentida no modelo é a persistente falta de vidros elétricos nas portas traseiras, além da falta de iluminação dos botões na porta do motorista.

Versões TSI estão mais caracterizadas%2C muito além da tampa do porta-malas pintada de pretoLucas Cardoso / Agência O DIA

O subcompacto ganhou 84 mm de extensão. Nada que atrapalhe as manobras ou dificulte na hora de encontrar uma vaga. Lembrando que o modelo testado era equipado com o rebatimento automático do retrovisor, o ‘tilt-down’. O porta-malas comporta 270 litros.

Os faróis agora têm linhas mais retas. A lanterna traseira, com detalhes em preto, parece que foi pensada para as versões com motor TSI, que tem a tampa traseira na mesma cor.

No quesito consumo, o modelo continua fazendo bonito — conseguimos alcançar os 14 km/l no teste por vias de São Paulo. Entre urbanas e estradas, percebemos que o três cilindros cumpre bem seu papel na eficiência energética. Durante o teste, algo que incomodou foi a suspensão, que poderia ser menos rígida, o que melhoraria a sensibilidade as imperfeições da via. Mas nada que estrague o prazer de dirigir o Up! 2018.

Reportagem do estagiário Lucas Cardoso, com supervisão do editor Herculano Barreto Filho

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