Rio - A segurança é o item número um na lista de preocupações de quem dirige. Bem, pelo menos deveria ser assim. Na tentativa de tornar as vias mais seguras, a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) orienta os motoristas a ter uma postura pacífica ao volante, a partir da aplicação de certos procedimentos de segurança. A iniciativa faz parte do Movimento Maio Amarelo, uma ação voltada para a redução de acidentes de trânsito.
A tomada de decisões conscientes ao volante envolve várias medidas, que contribuem para evitar acidentes no dia a dia. Entre os elementos que compõem a segurança de um veículo, os pneus são apontados como um dos mais importantes. Eles são o único ponto de contato do carro com o solo. Portanto, sua manutenção é essencial para garantir a segurança nas ruas e estradas. “É normal encontrarmos um carro enguiçado pelas ruas. Na maioria dos casos, o problema é ocasionado pela falta de revisão, principalmente dos pneus”, explica Mário Jambeiro, da Jambeiro Pneus.
Para tornar a vida dos motoristas mais segura, a Anip enumerou algumas dicas e informações relevantes.
Pneus carecas
O ‘Tread Wear Indicator’ (TWI) é uma saliência de borracha com altura de 1,6 mm, que está localizada dentro do sulco do pneu. Quando o desgaste do pneu atinge esse indicador, significa que já chegou o momento de trocá-lo.
Estepe
O estepe é tão importante quanto os pneus que estão sendo utilizados e deve estar sempre em boas condições para eventual troca.
Calibragem
Danilo Souza, da Dinamicar Pneus, fala sobre calibragem. “Os pneus devem ser calibrados a frio, antes de o motorista pegar a estrada. Quando o carro vai cheio, a pressão é mais alta. Essas informações podem ser consultadas na coluna onde fecha a porta dianteira do carro, do lado do motorista, na carroceria”, explica.
Geometria
O controle do balanceamento dos pneus e o alinhamento das rodas do veículo devem ser realizados em diferentes momentos: a cada 10 mil quilômetros rodados, quando surgem vibrações, após a troca ou o conserto do pneu, quando o veículo sofre impactos na suspensão ou quando a direção do carro estiver puxando para um lado. Leonardo Igrejas, da RJ Pneus, recomenda o exame do conjunto por um profissional. Entretanto, é possível que o proprietário faça um teste do amortecedor. “A pessoa deve fazer uma pressão sobre as rodas para baixo e soltar imediatamente. Se o carro retorna à altura padrão e para, o amortecedor está bom. Se ele ficar vibrando e oscilando muito, é sinal que a peça não está boa”, orienta.
Chuva forte
Reduza a velocidade. A atenção deve ser redobrada em dias de chuva. A aquaplanagem pode causar a perda do controle do veículo, principalmente se os pneus estiverem carecas. Em caso de chuvas fortes, reduza a velocidade e vá devagar.
Rodízio
Quem dá a dica é o Gilsinho, da Gilson Pneus. “O procedimento deve ser realizado de acordo com o perfil do componente. Em média, a troca deve ser feita entre 7 mil km. O objetivo é fazer com que todo o conjunto rode em todas as posições”, esclarece o especialista no assunto.
Evitar
Não pare com o pneu sobre solventes e derivados de petróleo, pois esses produtos podem contaminar a borracha e reduzir a sua vida útil. Portanto, não estacione em solos onde há uma camada de poluentes tais como: graxa, gasolina e óleo diesel.
Remoldados
Por lei, motocicletas, triciclos e semelhantes, além de veículos agrícolas, não podem usar pneus reformados, nem com quebras, trincas e deformações. Já os carros de passeio, veículos comerciais leves e comerciais podem usar pneus reformados. Mas atenção na hora da compra. Todos os pneus devem ter o selo de identificação do Inmetro, que comprova a sua qualidade e segurança, estampado em alto relevo na lateral. Além disso, outras informações, como data da reforma, marca e CNPJ do reformador e tipo de intervenção, também devem constar no componente.