Fiscalizações do Ipem nos postos GNV são periódicas ou motivadas por denúncias na ouvidoria do instituto - REPRODUÇÃO
Fiscalizações do Ipem nos postos GNV são periódicas ou motivadas por denúncias na ouvidoria do institutoREPRODUÇÃO
Por Lucas Cardoso

Rio - Com as constantes altas dos combustíveis derivados do petróleo (Gasolina e Diesel) e do Etanol, o Gás Natural Veicular (GNV) vem sendo mais procurado pelos proprietários de automóveis. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), só em maio, houve um aumento médio de 70% na procura pela conversão de veículos para o sistema GNV. Ainda segundo o órgão, o consumo do Gás Natural Veicular em maio subiu 1,6% em relação ao mês anterior, e 13,9% na comparação com maio de 2017. No acumulado do ano, a alta é de 10,2%. 

Segundo Fabio Almeida, diretor da Invest Gás, oficina especializada na instalação e manutenção de kits GNV, a opção pelo gás pode ser a solução para quem quer gastar menos com combustível, e ainda economizar nos impostos. "Mesmo com as recentes altas do GNV, o preço do combustível ainda é duas vezes menor do que a gasolina. No Rio, a vantagem é ainda maior, já que a instalação reduz a taxa de IPVA em 75%", diz Almeida.

QUANTO CUSTA

Segundo o profissional, instalar o sistema tem um custo médio de R$ 2 mil para os kits de 3ª geração (geralmente instalados em veículos com mais de dez anos) e cerca de R$ 5 mil para os kits de 5ª geração, com injeção eletrônica de gás natural. Geralmente, este último é indicado para carros novos, fabricados depois de 2007. "O valor pode ser alto, mas a economia na hora de abastecer é considerável", garante.  

Para Matheus Guimarães, motorista de táxi, o GNV é a melhor alternativa para quem roda quilometragens elevadas. "Trabalho o dia todo. São, pelo menos, mil quilômetros percorridos por semana. Se fosse abastecer o carro com gasolina, gastaria o dobro, em torno de R$ 390. No gás, esse custo é de pouco mais de R$ 200", conta.

Incidentes e desconfiança

A utilização do kit de GNV no automóvel deve estar cercada de cuidados. De acordo com Fábio Almeida, o combustível exige mais do sistema de ignição e requer uma checagem com periodicidade diferente de um carro a combustão. "As velas e cabos do sistema de ignição são mais exigidos quando o carro tem a instalação para funcionar a gás. A verificação desses itens devem ser feita a cada dez mil km rodados. Isto é, 30 mil km a menos, se comparado a um carro que utiliza gasolina ou etanol", explica o profissional. 

RISCO DE EXPLOSÃO

Segundo Fábio Almeida, os incidentes de explosão ocorrem, na maioria das vezes, por conta da falta de manutenção e pela utilização de peças com procedência duvidosa ou reutilizadas. Ele explica que, a cada cinco anos, o kit deve passar por checagem completa para detectar possíveis falhas no sistema.

"Algumas oficinas não homologadas fazem a instalação de cilindros não verificados. Nesses casos, apenas repintam o tanque e o colocam à venda de novo. Por isso, é importante checar todas as notas fiscais e procurar a oficina na lista de autorizadas para realização do procedimento", orienta. 

Combustível
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Preço médio no Rio de Janeiro:
GNV: R$ 2,54
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Etanol:  R$ 3,31
Diesel:  R$ 3,41
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Gasolina: R$ 4,84
Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e foram calculados na última semana.
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