Por limitação técnica, câmbios manuais costumam ter seis marchas em média. Já os automáticos não possuem a mesma limitação - fotos Divulgação
Por limitação técnica, câmbios manuais costumam ter seis marchas em média. Já os automáticos não possuem a mesma limitaçãofotos Divulgação
Por Lucas Cardoso

Rio - A transmissão, parte fundamental no funcionamento de um carro, envolve desempenho, praticidade e conforto. Há quem se divirta com um bom câmbio manual de cinco ou seis marchas. Mas também existem aquelas pessoas que prezam pela ausência do pedal de embreagem, principalmente no cansativo 'anda e para' dos abarrotados centros urbanos. "Existem três tipos de câmbios mais comuns: manual, automático e automatizado. Porém, nem todo motorista conhece ou sabe como é o seu funcionamento", comenta Emerson Feliciano, superintendente do Cesvi/Mapfre.

No caso do manual, ainda o mais comum no mercado brasileiro, o sistema funciona com engrenagens de diferentes tamanhos e que representam as respectivas marchas, acionadas pela alavanca do câmbio e acopladas ao motor através da embreagem. Segundo o especialista, é o sistema que mais permite 'interação' entre o motorista e o veículo.

Já as transmissões automáticas fazem as mudanças de marchas de forma independente, de acordo com a aceleração do veículo. Além disso, esse tipo de câmbio não possui o pedal da embreagem. Conta com um conversor de torque, um sistema hidráulico que realiza o acoplamento do câmbio ao motor. 

TRANSMISSÕES CVT

Esse tipo de câmbio pode ter marchas de acordo com o número de engrenagens do câmbio ou pode não ter marchas. É o caso das transmissões do tipo CVT. Elas utilizam duas polias cônicas que se alternam em dimensão, gerando, assim, uma relação infinita de posições. Geralmente contam com quatro posições: P (parking ou posição de parada), R (ré), N (neutro) e D (drive).

"Para o uso urbano e, consequentemente, mais severo, quando o 'anda e para' é constante e exige muito mais dos veículos e motoristas, as transmissões automáticas com conversor de torque são as mais adequadas e recomendadas", explica Silvio Furtado, diretor de vendas da ZF América do Sul.

 

A terceira opção, o automatizado, é um sistema bem parecido com o câmbio manual. Mas dispensa o pedal da embreagem, pois faz as mudanças de marcha de forma independente. Ou seja, há um sistema eletrônico que controla o câmbio e a embreagem, fazendo a função do motorista. "Em relação ao automático convencional e CVT, a diferença para o motorista está nas respostas nas trocas de marcha mais lentas", explica Emerson Feliciano.

Ainda segundo o superintendente do Cesvi/Mapfre, é fundamental que o motorista leve em consideração o próprio perfil de condução antes de escolher o carro. "Quem busca uma opção mais barata e que também possibilite o descanso para o pé esquerdo, o câmbio automatizado é uma boa opção. Mas para quem não se adaptaria aos trancos ocasionais, característicos dos câmbios automatizados, a escolha mais indicada é o câmbio automático. Mas se o interesse é só conforto, o mais compatível é o CVT", finaliza o especialista Emerson Feliciano.

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